Novo partido de Bolsonaro depende de decisão do TSE
Ao decidir deixar o PSL e criar seu próprio partido, batizado de Aliança pelo Brasil, o presidente Jair Bolsonaro se impôs um grande desafio. É que para poder lançar candidatos a prefeito e vereador no ano que vem, a nova legenda precisa estar devidamente constituída até abril, ou seja, seis meses antes das eleições municipais.
Mas isso não seria um grande problema não fosse o fato de não haver, ainda, uma definição sobre a legalidade da coleta eletrônica de assinaturas. Já com parecer contrário do Ministério Público, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve definir isso apenas na próxima semana.
Caso se confirme esse entendimento do MP, Bolsonaro e seu grupo terão de se empenhar muito para conseguir coletar 491.967 assinaturas físicas em pelo menos nove Estados e entregá-las a tempo de terem sua autenticidade checada pela Justiça Eleitoral.
Sem negar apreensão com este assunto, o advogado Admar Gonzaga, que está à frente do trabalho de formação do novo partido, reconhece que o trabalho será muito maior, mas não tem dúvidas de que o objetivo será alcançado a tempo. Para tanto, se baseia no fato de a página do Aliança pelo Brasil no Instagram ter contabilizado 416 mil seguidores até ontem.
No Paraná, essa tarefa deverá a cargo da equipe do deputado federal Filipe Barros, cotado para assumir a presidência estadual do partido diante de sua proximidade com a família do presidente - foi colega de estudo de Eduardo Bolsonaro.
Isso é um prenúncio de muito trabalho para Rogério Amaral, ex-assessor de Adelino Ribeiro e Evandro Roman e recentemente contratado por Barros para fazer a coordenação política de seu mandato nos 399 municípios do Estado. (Foto: Isac Nóbrega/PR)