A maldade se organiza
Renato Sant'Ana
Sindicalistas vinculados à CUT (tentáculo do PT) vêm fazendo reuniões por todo o Brasil, planejando "ações nas ruas". O senador Humberto Costa (PT-PE) disse no Twitter que Bolsonaro "está com os dias contados. É questão de tempo. A hora do Brasil vai chegar". E Gleisi Hoffmann declarou: "Vamos fazer uma violência internacional!"
Tradução: o lulopetismo quer promover, no Brasil, os mesmos atos terroristas que vêm abalando o Chile e o Equador, ações nada espontâneas, mas muito bem calculadas. E a meta é inviabilizar o Governo Bolsonaro para a esquerda tomar de novo o poder.
A chave para compreender a maldade ora em gestação é o Foro de S. Paulo (FSP). Fundado em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chaves, reunindo partidos de esquerda e grupos terroristas (como as FARC), o FSP foi criado com o fim de implantar, na América Latina, o que seus ativistas chamam de "socialismo do século XXI".
Favorecido pelo silêncio covarde da grande imprensa, o FSP existiu, por muitos anos, como uma seita secreta, operando nas sombras. Foram as redes sociais que permitiram denunciá-lo.
Sua tática é usar as regras da democracia para tomar o poder e, depois, fazer a "revolução por dentro", imprimindo um modelo de Estado totalitário - assim conseguiu governar (e arruinar) vários países.
Seu projeto mais bem acabado é o regime da Venezuela: centralização total do poder, presos políticos, tortura, imprensa amordaçada, cerceamento das liberdades individuais, destruição do setor produtivo, inflação astronômica, desemprego, fome e, óbvio, superenriquecimento da cúpula do partido governista.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, identifica nos atos de terror iniciados no continente um "padrão"de ações da Venezuela e de Cuba (leia-se FSP).
"As brisas do regime bolivariano, impulsionadas pelo madurismo e pelo regime cubano, trazem violência, saques, destruição e um objetivo político de atacar diretamente o sistema democrático e forçar interrupções nos mandatos constitucionais", disse Almagro em matéria de O Globo, 25/10/2019.
Ora, um costume da esquerda latino-americana é apropriar-se de causas justas para, com um discurso populista, ganhar a ingênua adesão das pessoas de boa vontade. Sendo seu único objetivo tomar o poder.
No Chile, tirando proveito das dificuldades econômicas por que passa a população, o pretexto para as ações violentas foi a tarifa do metrô. Está claro, vale dizer, que não foi "o povo chileno"quem pôs fogo em estações do metrô, promoveu saques e atacou a polícia nas ruas: foram, isto sim, militantes de esquerda que seguem a cartilha do FSP.
No Brasil, em 2013, com o PT nadando de braçada na corrupção (ainda não havia a Lava Jato), o esquerdismo se apossou de uma causa popular, sentimentalizou-a e foi para as ruas. Profetas socialistas inventaram um tal Movimento Passe Livre, arrebanhando a juventude para reivindicar "transporte gratuito"e infernizar prefeitos e governadores de oposição.
Outras "demandas"foram incluídas no pacote das reivindicações. Mas era só um embuste para concentrar mais poder nas mãos do PT (então no governo) e implantar a ditadura socialista no País.
Aí veio a reação. Grupos não esquerdistas saíram às ruas. Grandes manifestações plurais começaram a desmascarar "os podres poderes"do PT. E Dilma Rousseff, a presidente, viu sua popularidade despencar.
Foi o começo da libertação do Brasil, com decisiva participação das redes sociais - para desgosto da hegemônica imprensa esquerdizada.
Em suma, foi a população que, levantando o traseiro do sofá e tendo atitude, carregou o Brasil nos braços para longe do abismo bolivariano.
Agora, os sicários do FSP, sob liderança do condenado Lula, querem trazer para cá o que houve no Chile e no Equador nos últimos dias: protestos violentos, com ativistas mascarados, ações coordenadas para gerar instabilidade, para enfraquecer um governo constitucional e envolver a população numa onda de pessimismo e desesperança.
Há um verdadeiro "mutirão pró-impunidade", inclusive com a prestimosa ajuda do STF, tudo para entregar o governo, de novo, à infame aliança da esquerda mais autoritária com o empresariado corrupto.
Resta ao brasileiro escolher entre brincar de isento ou se levantar contra a impunidade. Se preferir ficar no sofá, então o futuro estará condenado e o Brasil vai ser o "paraíso da corrupção". Contudo, se houver reação, como em 2013, veremos virar lei alguns bons projetos que tramitam no Congresso, o governo terá respaldo para cumprir a Constituição, e a maldade organizada vai ter que recuar...
Renato Sant'Ana é advogado e psicólogo - sentinela.rs@uol.com.br