Mapa criará Zona Livre da Peste Suína específica do PR
O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) baixará nos próximos dias uma Instrução Normativa para tornar o Paraná integrante único de uma nova Zona Livre da PSC (Peste Suína Clássica), nos moldes do que já acontece com Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Foi o que ficou acordado ontem (6), em Brasília, durante reunião com a ministra Tereza Cristina da qual participaram os responsáveis pelo Departamento de Defesa Animal e pelo Serviço de Defesa Animal do Mapa, e representantes da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), APS (Associação Paranaense de Suinocultores), Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento), OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) .
A medida está sendo tomada porque a Zona Livre da qual o Paraná faz parte atualmente, juntamente com outros 13 Estados, está sob risco iminente de perder esse status sanitário devido ao registro de focos de PSC em Alagoas, próximo à fronteira com Sergipe. O processo que levou ao recente cancelamento das campanhas de vacinação contra a febre aftosa no rebanho bovino paranaense foi determinante para esta decisão.
Para o convencimento da ministra Teresa Cristina sobre a necessidade dessa providência foi fundamental o trabalho do ex-deputado Abelardo Lupion, representante do Paraná na Casa Civil do Governo Jair Bolsonaro, que se comprometeu em liberar recursos e até a disponibilizar uma força-tarefa, incluindo equipes do Exército, se necessário, para conter o avanço da doença na fronteira entre Alagoas e Sergipe e erradicá-la o mais breve possível.
Paralelamente, será iniciada imediatamente uma ação junto à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) para que o Paraná obtenha o reconhecimento internacional de Zona Livre da PSC específica já em maio de 2020. O pleito deverá ser apresentado à OIE pelo delegado brasileiro junto à entidade, Geraldo Marcos de Moraes, que é o diretor do Departamento de Defesa Sanitária do Mapa.
No ano seguinte, 2021, o pleito junto à OIE será pelo reconhecimento internacional do Paraná como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação. Essa passa a ser a missão do Estado através dos órgãos que tratam do assunto e das instituições privadas de produtores, juntamente com o Mapa.
Uma reunião para alinhamento dessas questões já foi convocada para a próxima segunda-feira (11), às 14h, na sede da Adapar, em Curitiba. (Foto: Valter Campanato/AGBR)