O ex-diretor do DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) Nelson Leal Júnior passou a primeira noite em casa depois de mais de quatro meses. Preso em fevereiro, ele deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba ontem e agora está sendo monitorado pela polícia por meio de uma tornozeleira eletrônica.

Nelson caiu nas garras da PF na 48ª fase da operação Lava Jato, que apura superfaturamento nas tarifas do pedágio cobrado nas rodovias federais sob controle do Governo do Paraná, e está denunciado por lavagem de dinheiro, corrupção passiva, estelionato e organização criminosa, e só foi libertado após firmar acordo de delação premiada e contar tudo que sabia.

A investigação constatou que ele adquiriu um apartamento de R$ 2,5 milhões em Camboriú (SC) e pagou cerca de R$ 500 mil em espécie "ou com recursos cuja origem não foi identificada". Além disso, apontou "evidências" de que "teve as despesas do aluguel de um iate de luxo custeadas por um empresário que prestava serviços de engenharia às concessionárias de pedágio".

O caso se refere ao pagamento de propina pela concessionária Econorte, do grupo Triunfo, a agentes públicos também do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da Casa Civil do Governo do Paraná. (Foto: AGPr)