Jair Bolsonaro se distanciará momentaneamente da crise que está levando à implosão de seu partido embarcando na noite deste sábado (19) para uma viagem de duas semanas ao exterior. Nesse período, a Presidência será exercida pelo vice, general Hamilton Mourão, o que não é uma garantia de calmaria em Brasília na medida em que o filho Eduardo, um dos pivôs do problema no PSL, desta feita não viajará com o pai.

Além do presidente, integrarão a comitiva os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura), Osmar Terra (Cidadania), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o governador Gladson Cameli (Acre), o senador Rodrigo Pacheco e os deputados David Soares, Fausto Pinato, Hélio Lopes e Marco Feliciano, além de alguns assessores técnicos, num total de 20 pessoas.

Segundo o Palácio do Planalto, o giro tem o objetivo de intensificar relações com países da Ásia e do Oriente Médio e divulgar oportunidades de investimentos no Brasil, como o programa de concessões e privatizações. A viagem também busca ampliar a venda de produtos agropecuários brasileiros, já que países asiáticos e árabes são grandes compradores de soja e carne.

PROGRAMAÇÃO

O primeiro destino da comitiva é o Japão, com previsão de chegada a Tóquio na segunda-feira (21), após escalas em Portugal e no Cazaquistão. O principal compromisso de Bolsonaro nesse país é a cerimônia de entronização do imperador Naruhito, agendada para terça-feira (22).

Na quinta-feira (24) a comitiva deverá chegar à China, principal parceiro comercial do Brasil na atualidade e que desenvolve uma verdadeira guerra tarifária com os Estados Unidos.  Lá, o presidente brasileiro terá uma reunião com o colega Xi Jinping, último compromisso na Ásia.

O giro pelo Oriente Médio começará pelos Emirados Árabes Unidos, onde Bolsonaro cumprirá vários compromissos entre sábado (26) e domingo (27), dentre eles um seminário empresarial em Abu Dhabi. A agenda será fechada na Arábia Saudita, onde há novos compromissos políticos e comerciais agendados, com a comitiva devendo chegar de volta ao Brasil apenas na sexta-feira (1º). (Foto: Marcelo Camargo/AGBR)