Relação Bolsonaro-PSL parece briga de gato e rato
Não bastassem os inúmeros e imensos problemas da Presidência da República, com o País remando contra a maré para superar a maior crise econômica de sua história e a nítida indisposição do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal) em aceitar várias medidas por ele decretadas, Jair Bolsonaro vive uma grave crise de relacionamento com seu partido, que a cada dia fica mais característica com uma briga de gato e rato.
A situação, que havia se agravado na terça-feira com troca de farpas entre Bolsonaro e o presidente do partido, Luciano Bivar, piorou ainda mais neste fim de semana. Em resposta ao fato do presidente da República e 21 parlamentares terem pedido à direção do PSL acesso às contas do partido para realização de uma auditoria, o comando da legenda contratacou anunciando que irá pedir que o mesmo procedimento seja feito nas contas da campanha presidencial do ano passado - à época a agremiação era comandada por Gustavo Bibianno, demitido recentemente do cargo de ministro da Secretaria-Geral após se envolver em uma polêmica com o vereador carioca Carlos Bolsonaro.
A ideia de Bolsonaro e seus aliados seria encontrar irregularidades que possam justificar a saída do partido sem correr o risco da perda de mandato por conta da legislação vigente. O princípio da fidelidade partidária, reconhecido em 2007 pelo STF, firmou o entendimento de que o mandato é propriedade do partido. Isso foi expresso depois na Resolução nº 22.610, editada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) naquele mesmo ano. (Foto: Divulgação)