MERCADO AGROPECUÁRIO 10/10/2019
Soja fecha estável em Chicago
Apesar do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ter trazido números positivos para os preços da soja na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa terminaram o dia com estabilidade e leves baixas no pregão desta quinta-feira (10).
As variações entre as posições mais negociadas ficaram entre 0,25 e 0,50 ponto, com o novembro/19, referência para a safra americana, terminando o dia com US$ 9,23 e o maio/20, indicativo para a safra do Brasil, valendo US$ 9,59 por bushel...
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Que será da soja brasileira?
A China estaria disposta a comprar até 30 milhões de toneladas de soja norte-americana, de acordo com reportagem da sucursal de Beijing do Financial Times. Se isto realmente acontecer, o que pode acontecer com os preços - em Chicago e no Brasil? Quem responde é o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.
Na Bolsa de Chicago, o especialista projeta que a soja voltaria para os níveis de US$ 10,50/bushel:"Seu leito natural. Isto significa que não vai acontecer do dia para a noite, mas gradativamente, à medida que estas compras forem sendo colocadas. Por outro lado, os chineses são mestres da negociação. Não sairão impulsivamente no mercado fazendo compras, para não inflacionarem os preços. Serão compras lentas e graduais, pelos próximos 11 meses e meio, numa média de 2,73 milhões de tons/mês, o que não é muito"...
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Relatório USDA derruba o milho na Cbot
A quinta-feira (10) chegou ao final com fortes desvalorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram perdas entre 12,25 e 14,00 pontos.
O vencimento dezembro/19 era cotado à US$ 3,80 com desvalorização de 14 pontos, o março/20 valia US$ 3,91 com queda de 14 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 3,97 com perda de 13,25 pontos e o julho/20 tinha valor de US$ 4,02 com baixa de 12,25 pontos...
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Suíno em alta, segundo Cepea
As cotações do suíno vivo estão em alta neste início de outubro, segundo dados do Cepea. A demanda aquecida de frigoríficos por animais para abate e a dificuldade de encontrar novos lotes em peso ideal justificam esse cenário. Quanto aos preços da carne, por outro lado, colaboradores do Cepea relatam dificuldades em repassar os reajustes nos valores do animal vivo à proteína.
Em relação aos embarques de carne suína in natura, a Secex aponta que houve aumento de 13% entre agosto e setembro, totalizando 49,8 mil toneladas no mês passado - desse volume, 46% tiveram a China como destino.
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China é grande comprador de carne bovina
Com a peste suína ainda fora de controle na Ásia, a potência chinesa se tornou o principal comprador de carne bovina brasileira neste ano. Além disso, as exportações de carne in natura estão colaborando para a sustentação dos preços da arroba em melhores patamares.
Segundo o Pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, a expectativa de preços é boa no curto prazo, principalmente pela a exportação estar com a demanda aquecida."É o primeiro ano em que exportamos mais de 100 mil toneladas de carne bovina in natura por mês. Esse cenário deve se manter até o final do ano e isso ajuda a segurar os preços do animal?, comenta...
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Agro exportou US$7,75 bi em setembro
O valor das exportações do agronegócio brasileiro somou 7,75 bilhões de dólares em setembro, recuo de 3,9% na comparação com igual período do ano passado, informou nesta quinta-feira a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
Segundo nota do órgão, a queda ocorreu devido à redução dos índices de preços dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil, que apresentaram recuo médio de 4,5% no período...
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