Espantados com quê?
A lei de Gérson e a hipocrisia fizeram com que muita gente (inclusive uma dúzia de deputados) botasse a boca no trombone e execrasse a maioria dos integrantes da Assembleia Legislativa por resistir à pressão dos sindicatos e aprovar o projeto do Governo Ratinho Junior propondo o fim do modelo atual da licença-prêmio do funcionalismo público estadual, que desde a promulgação da atual Constituição do Paraná garante aos servidores civis três meses de folga pagos com o dinheiro do contribuinte a cada cinco anos, e aos servidores militares a seis meses de folga regiamente remunerada a cada dez anos trabalhados. Para qualquer cidadão de bom senso é inadmissível esse chororô todo por pelo menos duas razões: em primeiro lugar por que a licença vai continuar, mas desde que seja aproveitada para a realização de um curso de aperfeiçoamento na área de atuação do servidor, e em segundo lugar por que funcionário público é um trabalhador como qualquer outro da iniciativa privada, onde não existem penduricalhos como esse, que levou o Estado a acumular um passivo de nada menos que R$ 3 bilhões. Trata-se, portanto, de uma medida moralizadora e muito bem-vinda, a não ser para aqueles useiros e vezeiros em confundir direitos com privilégios. (Foto: João Paulo Vieira/APP Sindicato)
Nos trilhos
A extensão da Ferroeste é um dos projetos da pauta prioritária para o Paraná debatida ontem, em Brasília, por Ratinho Junior com a bancada federal paranaense. O governador pediu a ajuda dos deputados e senadores para captação de um montante de R$ 66 milhões destinados à ampliação e modernização da frota de locomotivas, vagões e outros equipamentos necessários para que a ferrovia possa atender à demanda do Oeste paranaense com maior eficiência.
Voo dos sonhos
Dois jovens estudantes de Cascavel, outros dos de Corbélia e um de Iguatu, todos vencedores do concurso de oratória sobre"O que eu desejo para o Brasil?, embarcaram na manhã de hoje rumo a Brasília, onde amanhã vão apresentar seus trabalhos em sessão especial da Câmara Federal e, depois, se encontrar com ninguém menos que o presidente da República, Jair Bolsonaro. Foram acompanhados da chefe do Núcleo Regional de Educação, Luciana Paulista da Silva, por iniciativa do deputado Evandro Roman.
De volta à Alep
Após cumprir seis meses de licença-maternidade, a deputado e mãe de primeira viagem Maria Victoria reassumiu nesta quarta-feira (9) sua cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná. Durante esse período ela foi substituída por Elio Rusch, que assim volta à condição de suplente.
No prejuízo
Nem só o Governo do Estado e as mecânicas encarregadas da conservação da frota oficial do Paraná perderam dinheiro com o golpe da JMK. Guilherme Votroba Borges, que aplicou R$ 1,1 milhão na empresa a título de investimento, disse à CPI criada pela Assembleia Legislativa para investigar o caso que ainda aguarda receber de volta R$ 700 mil que faltam pela anulação do negócio, pedida por ele após descobrir que havia entrado numa grande fria ao se associar a Aldo Marchini Junior e Jairo Cezar Vernalha Guimarães.
* Pílulas
* Cascavel pode ganhar uma lei proibindo a comercialização de produtos em geral, distribuição de propaganda, apresentações artísticas e atividades congêneres em todos os cruzamentos de ruas da cidade. * A ideia será debatida nesta quinta-feira (10), às 8h30, na Câmara, em uma audiência pública convocada por iniciativa dos vereadores Alécio Espínola e Sebastião Madrial. * Caminha para virar lei no Paraná uma proposta do deputado Gilberto Ribeiro obrigando a reserva mínima de 2% das vagas de trabalho na construção civil para as mulheres. * Se isso acontecer é certo que muitos maridos não vão gostar, pois a mulherada que aderir à profissão vai ficar forte uma barbaridade e eles, claro, poderão se dar mal num eventual acerto de contas. * O presidente e fundador do PSL, deputado Luciano Bivar, deixou claro hoje que não conta mais com Jair Bolsonaro nos quadros do partido. * Visivelmente injuriado com o presidente, disse que ele (Bolsonaro) "já está afastado"da legenda, mas que não pode levar a "dignidade"da sigla. * Vale lembrar que antes de entrar no PSL o presidente passou pelo PDC (1988-93), PPR (1993-95), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL (2005), PP (2005-2016) e PSC (2016-2017). * E se Bolsonaro realmente trocar o PSL por outro partido, os deputados paranaenses Aline Sleutjes e Filipe Barros já visaram que irão com ele.