Juíza faz jogo duro e nega pedido de Dilma para ver Lula na prisão
Atendendo manifestação do MPF (Ministério Público Federal), a juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, negou nesta tarde pedido da ex-presidente Dilma Rousseff e de uma comissão de deputados para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra preso desde o último dia 7 na Superintendência da PF na capital paranaense.
Foram igualmente negados pedidos feitos pelo pré-candidato a presidente Ciro Gomes, pela presidente do PT Gleisi Hoffmann (PR) e pelo vereador paulistano Eduardo Suplicy, dentre outros.
A comissão de deputados pretendia fiscalizar in loco as condições de encarceramento do ex-presidente. "Em data de 17/04/2018 já foi realizada diligência pela Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado Federal. Não há justo motivo ou necessidade de renovação de medida semelhante", escreveu a juíza, responsável por supervisionar a execução penal de Lula, sobre o pedido da comissão de deputados.
A juíza destacou que apenas parentes e advogados estão autorizados a visitar presos custodiados na Superintendência, medida adotada diante da "limitação de cunho geral relativa a visitas na carceragem", uma vez que os presos se encontram no mesmo edifício onde se realizam outras atividades corriqueiras da PF, inclusive com atendimento ao público.
NEM SÓ LULA
Carolina Moura Lebbos ressaltou que a regra vale para todos os presos no local. "O alargamento das possibilidades de visitas a um detento, ante as necessidades logísticas demandadas, poderia prejudicar as medidas necessárias à garantia do direito de visitação dos demais", escreveu ela, que anteriormente já havia negado pedido idêntico do escritor argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz em 1980, e do teólogo Leonardo Boff.