Após leve recuperação, preço do leite volta a cair
Após uma recuperação tênue registrada em agosto, o mercado do leite do Paraná voltou a oscilar para baixo em setembro. A queda aferida é de 1,42%, e tem relação direta com o aumento da captação - comportamento considerado sazonal - e com estagnação do consumo.
A análise foi apresentada em reunião do Conselheite-PR (Conselho Paritário Produtores-Indústrias de Leite do Paraná), que aprovou o preço de referência de R$ 1,0862 para o litro de leite padrão entregue em setembro, a ser pago em outubro. O preço de referência serve de base para formação dos preços pagos aos produtores e pode variar conforme parâmetros de qualidade da matéria-prima entregue.
Os dois produtos mais comercializados no Paraná, o leite UHT e a muçarela, tiveram comportamento semelhante: os preços, que haviam chegado a um patamar bastante baixo em julho, tiveram uma reação em agosto, mas voltaram a sofrer queda em setembro. Outros produtos lácteos, como provolone, queijo prato, leite em pó, bebida láctea, iogurte e leite cru, seguiram essa tendência.
Descolados deste movimento, o creme de leite e a manteiga não chegaram a ter ganho de preço em agosto e seguem em desvalorização. Os pontos positivos se concentram no parmesão, requeijão e doce de leite. Os preços desses três produtos haviam aumentado em agosto e não perderam fôlego em setembro, continuando a manter leve crescimento.
Em termos nominais, o mercado de produtos lácteos começou 2019 com preços acima dos registrados em anos anteriores. Após o início de ano em altos patamares, os valores de comercialização caíram gradativamente até julho. Apesar de queda registrada em setembro, o valor de referência continua maior que o estabelecido em julho - R$ 1,0635, para o leite entregue em julho, a ser pago em agosto.
O preço de referência é calculado a partir dos preços de venda dos produtos por parte das indústrias que fazem parte do Conseleite-PR. O objetivo é que se chegue a um valor justo e com transparência - de acordo com a realidade do mercado - e que sirva de base para remuneração do produto no Estado. Para isso, pesquisadores da UFPR criaram uma metodologia para o cálculo, levando em conta índices oficiais e valores praticados pelo mercado atacado do Paraná. (Foto: Divulgação Faep)