Por determinação do governador Ratinho Junior, 20 agências da Receita Estadual serão desativadas a partir de 1º de outubro próximo. Serão fechadas as unidades de Araucária, Colombo, São José dos Pinhais, Guaratuba, Rio Negro, Arapoti, Castro, Telêmaco Borba, Laranjeiras do Sul, Pitanga, São Mateus do Sul, Arapongas, Rolândia, Palotina, Medianeira, Toledo, Barracão, Loanda, Paranavaí e Capanema. Para garantir a presença do fisco em todo o Estado, serão mantidas as dez delegacias regionais.

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Renê de Oliveira Garcia, a medida faz parte do enxugamento da máquina pública com adequação da estrutura da Receita aos serviços hoje oferecidos via internet e ao número de servidores disponíveis, e vai proporcionar economia de R$ 867 mil nas despesas anuais da Receita apenas com limpeza, vigilância, energia elétrica, água, telefone, internet e reprografia.

Os 47 profissionais que trabalham nessas unidades - 19 auditores fiscais e 28 agentes fazendários - serão remanejados para reforçar os trabalhos de outras agências ou das delegacias regionais. "A medida também permite a otimização dos recursos humanos, sempre no interesse do Estado e da eficiência", avalia Garcia.

Apenas um dos imóveis, o de Medianeira, não é próprio do Estado, e essa despesa será encerrada com a desativação. Os outros 17 poderão ser cedidos aos demais órgãos do Governo que hoje ocupam imóveis alugados. De acordo com o diretor da Receita, Luiz Moraes Junior, já há vários interessados, o que poderá trazer grande economia para o Estado.

As agências que serão fechadas foram escolhidas entre as de menor movimento, já que todos os atendimentos podem ser feitos pela internet, o que diminuiu muito o número de contribuintes que procuram a Receita pessoalmente.

SEGURANÇA PÚBLICA

Essa economia com a estrutura da Redeita Estadual dará ao Governo do Paraná um fôlego financeiro maior para a execução de outros projetos, dentre eles a implantação do primeiro escritório de inteligência para melhorar a segurança pública, a ser implantado em Foz do Iguaçu e que foi objeto de ampla reunião do governador Ratinho Junior com o ministro Sergio Moro.

Inspirado no Fusion Center, estrutura do governo norte-americano que integra forças de segurança de diversos níveis, o escritório em Foz deverá entrar em funcionamento até o fim deste ano, em uma área cedida pelo Parque Tecnológico de Itaipu.

Pelo menos 16 instituições devem trabalhar na implementação do novo projeto de segurança, dentre elas Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Inteligência, Ministério da Defesa, Unidade de Inteligência Financeira (antigo Coaf), Receita Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica.

O escritório deve abrigar também um núcleo do Centro Integrado de Inteligência, inaugurado neste ano em Curitiba para auxiliar nas investigações e na produção de conhecimento sobre os três Estados do Sul. O objetivo é fortalecer o combate ao crime organizado em toda a região da tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai).