Protesto de caminhoneiros continua mesmo após acordo
Se de um lado não foi suficiente para garantir o fim da paralisação dos caminhoneiros, que seguem protestando por todo o País, por outro o acordo anunciado pelo governo na quinta-feira à noite serviu para minimizar um pouco o desabastecimento de combustível, mas em casos bem pontuais.
Em Cascavel, por exemplo, dois postos voltaram a ser reabastecidos no início da manhã de hoje, mas isso só se deu por conta de um estoque que era mantido pelo proprietário da rede Stop. De resto, continua como no dia anterior.
"Depois dos impostos altíssimos, a maior dificuldade para resolver o impasse está no fato de os caminhoneiros não terem uma entidade que represente a categoria como um todo", comentou há pouco o empresário Hélio Laurindo.
No Paraná, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o movimento esfriou um pouco nesta sexta-feira, quando atos de caminhoneiros ainda são registrados em 69 pontos do Estado - em outros 41 já não há mais qualquer tipo de ação.
O ACORDO
Pelo acordo selado quinta à noite com parte da categoria, a paralisação deveria ser suspensa por 15 dias já a partir de hoje. Em troca, a Petrobras se comprometeu a manter a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias, enquanto o governo costura formas de reduzir os preços. A Petrobras mantém o compromisso de custear esse desconto, estimado em R$ 350 milhões, nos primeiros 15 dias, e os outros 15 dias devem ser custeados pela União.
O governo também se comprometeu a zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para o diesel até o fim do ano, e negociar com os estados o fim da cobrança de pedágio para caminhões que trafegam vazios, com eixo suspenso. (Foto: AGBR)