A semana está chegando ao fim com o horizonte tomado por uma nuvem de fumaça impenetrável para a visão humana, mas perfeitamente decifrável para a mente dos humanos pensantes, aqueles cuja cabeça não serve só para amparar o chapéu. Não só a Amazônia, mas o Brasil inteiro está em chamas e algo precisa ser feito para salvá-lo como um todo. Desinformados e insuflados por mentes do mal, o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Ângela Merkel fizeram o G7 (composto ainda por Canadá, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido) convocar para amanhã uma reunião de emergência a fim de discutir a onda de incêndios na Floresta Amazônica que, soube-se hoje, é apenas a sexta maior desde que o fenômeno passou a ser acompanhado por organismos internacionais. Só no tempo em que a cadeira presidencial amparava o traseiro do hoje presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, por dois anos foram registrados índices bem superiores de queimada naquela região, mas sem a mesma repercussão externa atual. Macron até ilustrou seus comentários depreciativos ao Brasil nas redes sociais usando uma foto fake, que é de um incêndio antigo na Reserva Ecológica do Taim (RS), portanto bem longe da Amazônia. E como se desgraça pouca fosse bobagem, a mesma foto foi compartilhada por celebridades do esporte, da música e do cinema que ousaram se pronunciar em defesa da salvação do "pulmão do mundo"  fundamentadas apenas no ouvir dizer, ou seja, sem o devido conhecimento de causa. Já os governos da França e da Irlanda ameaçaram até melar o acordo Mercosul-União Europeia e a Finlândia a suspender a importação de carne bovina brasileira se não resolvermos o problema de imediato, o que implicaria em um acordo emergencial com São Pedro, que, até prova em contrário, deixou de fazer plantão antes do fim do primeiro século da era de Cristo, quando viajou para o andar de cima. O que essas celebridades todas precisam fazer é inteirar-se dos fatos concretos e não se deixar induzir pela versão (enganosa) de esquerdopatas tupiniquins autointitulados ambientalistas, que as estão usando após serem tomados pelo desespero ao perceberem que as generosas tetas do Fundo da Amazônia estão secando para eles.

Franco-atirador

Mas é imperativo reconhecer que essa fogueira toda não é fruto apenas do que está rolando lá fora. Aqui dentro, como desconhecendo que não se deve catucar onça com vara curta, Jair Bolsonaro se dedica a expandir ainda mais outra fogueira, a das vaidades políticas. Inspirado no amigo Donald Trump, nosso presidente só tem contribuído para piorar as coisas sobre a fogueira na Amazônia com declarações capazes de encantar dez entre dez direitopatas, mas que insuflam ainda mais seus opositores e não trazem benefício algum para o Brasil do presente e do futuro, muito pelo contrário.

Efeito colateral

Por seu apreço por declarações bombásticas - como a desta semana aventando a existência de células terroristas na vizinha Foz do Iguaçu - Bolsonaro aparece como terceiro líder mais mal avaliado da América Latina no momento, conforme pesquisa do instituto Ipsos, reconhecido internacionalmente, que ouviu 403 formadores de opinião com comprovado reconhecimento público de 14 países. O presidente brasileiro aparece com aprovação de apenas 29%, atrás apenas do ditador venezuelano Nicolás Maduro (3%) e do ditador cubano Miguel Diáz-Canel (18%). Os presidentes de Bolívia, Uruguai, Argentina, Equador, Chile, Peru, Colômbia, México e Panamá são todos melhor avaliados que o nosso.

Papel da (im) prensa

Mas não poderia encerrar esta reflexão sem considerar o papel desempenhado nessa crise toda por boa parte da chamada grande mídia nacional. Em situação pré-falimentar depois de verem minguar as verbas da publicidade oficial, até ano passado superabundantes, grandes órgãos de imprensa empregam uma linha editorial com a clara intenção de fritar Bolsonaro até virar torresmo, não dando a mínima para o mal que isso possa causar ao País como um todo. Repensar a conduta do chamado quarto poder do País é, neste momento, tão ou mais importante do que apagar o fogo que devora milhões de hectares da Floresta Amazônica.

Crime nas escolas

Definitivamente, ficou bem para trás o tempo em que a escola regular era espaço tão sagrado quanto um templo, independente da denominação religiosa. Dados do questionário da Prova Brasil apontam que mais de 20,8 mil educadores da rede pública do Brasil todo já foram ameaçados por estudantes e 4,2 deles foram agredidos fisicamente. No caso do Paraná, foram registradas 1.311 ameaças e 242 agressões.

Pobreza total

Depois que o caso ganhou intensa repercussão na imprensa, o vereador Alex Chaves resolveu tirar de pauta projeto de sua autoria propondo a instituição do Dia dos Pobres no Município de Maringá. E não havia mesmo algo melhor a fazer, pois iniciativas desse tipo são usadas para celebrar alguma coisa, e miséria não é algo que deve ser celebrado. Foi, sem dúvida, uma das ideias mais pobres dos últimos tempos no Legislativo municipal não só maringaense, mas do Paraná e do Brasil.

Edil pornográfico

Em Braganey, uma das mais minúsculas cidades do Oeste paranaense, o vereador Celestino Denardin foi multado em R$ 30 mil por acessar sites de conteúdo pornográfico usando um computador da própria Câmara. Ele até assinou um Termo de Ajustamento de Conduta se comprometendo a não mais fazer o que se poderia definir como aula sobre pornografia pelo sistema EAD (Ensino a Distância).

* Pílulas

* A ONG Amigos dos Rios e moradores dos bairros Cancelli, Canadá e Claudete marcaram uma manifestação pública para este domingo, em Cascavel. * A iniciativa, liderada pelo professor Adelar Valdamari, se destina a defender a manutenção da Fonte dos Mosaicos como espaço público e acessível a toda população, depois que o STJ considerou que a área pertence a Rafael Guttierrez e não ao Município.* Outra sobre tapetão: o juiz Nathan Herbst condenou o Governo do Paraná a pagar R$ 35 mil de indenização à família de um preso que morreu decapitado durante a rebelião de 2014 na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel). * A sentença determina que R$ 15 mil sejam pagos ao pai e R$ 10 mil a cada um dos dois irmãos da vítima, que se estava presa era por um motivo plausível e, como tal, já não custava pouco dinheiro ao Estado. * A Prefeitura de Cascavel está envidando um esforço extra para melhorar o atendimento na rede municipal de saúde. * Leonaldo Paranhos e o secretário Thiago Stefanello oficializaram hoje a contratação temporária de mais 12 médicos generalistas, ginecologistas, ortopedistas e pediatras. * Lembra-se carnaval feito no fim do governo passado com a promessa de investigar, cifrão por cifrão, o pagamento de propinas a agentes públicos por parte das concessionárias de pedágio do Paraná? * Pois é, a referida comissão acaba de ser desfeita depois de consumir preciosos recursos públicos sem apresentar resultados realmente satisfatórios.