Diferentemente de seu ex-colega Damasceno Júnior, que perdeu a cadeira para Nadir Lovera por quebra de decoro, Misael Júnior não terá seu mandato cassado pela Câmara de Cascavel. Mais: nem processo de investigação será aberto contra ele por falta de subsídios.

A decisão foi anunciada na manhã desta quinta-feira (22) pelo presidente Alécio Espínola e está fundamentada em parecer da Procuradoria Jurídica da própria Câmara, que não viu indícios de ilegalidade nem imoralidade no fato de a Distrivel, empresa pertencente ao pai do vereador, prestar serviços ao Município.

A hipótese de abertura de um processo por quebra de decoro, que poderia levar à cassação de Damasceno Junior, foi aventada diante de denúncia protocolada na Câmara por Paola Monique da Silva Santos dando conta que ele seria uma espécie de sócio oculto do pai, o ex-vereador Misael Pereira.

Aliviado, Misael Junior está empenhado agora em descobrir se a denunciante tem alguma relação com uma pessoa que afirma tê-lo procurado há pouco mais de um mês propondo um acordo para que não desse entrada no Legislativo uma representação contra ele - os dois residiriam no mesmo prédio. Segundo o vereador, essa pessoa pediu R$ 6 mil para não levar o caso adiante, o que caracteriza a prática do crime de extorsão. (Foto: Flávio Ulsenheimer/CMC)