Aftosa: audiência pública debaterá fim da vacinação
A Assembleia Legislativa do Paraná programou para o próximo dia 28 uma audiência pública para esclarecer pontos sobre o fim da vacinação contra a febre aftosa no Estado. Organizado pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Antônio Anibelli Neto, o evento irá reunir lideranças do setor, autoridades, especialistas em sanidade e pecuaristas.
A retirada da vacina é parte do processo de reconhecimento do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação, status que irá contribuir para que produtos da pecuária estadual alcancem mercados internacionais mais exigentes e que remuneram mais.
A audiência será o último ato do Fórum Regional Paraná Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, promovido pelo governo paranaense em parceria com o Sistema Faep/Senar-PR e outras entidades do setor, ao longo dos meses de maio e junho. No total, mais de 4,5 mil pessoas, entre produtores, lideranças do setor, técnicos, estudantes e representantes do poder público, participaram dos encontros, promovidos em seis municípios do Estado, dentre eles Cascavel.
LUTA ANTIGA
O processo de consolidação do sistema sanitário do Paraná se construiu ao longo de décadas, e contou com participação decisiva do Sistema Faep/Senar-PR. Entre os fatores decisivos para a estruturação deste modelo, está o estímulo à formação de Conselhos de Sanidade Animal, a criação do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná e a realização constante de fóruns e capacitações com vistas a fortalecer de forma contínua cada etapa do sistema de sanidade do Estado.
Toda essa excelência foi comprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no ano passado, quando auditores do Mapa atestaram que o sistema de sanidade do Paraná é o mais eficiente do Brasil, com índices que superam Santa Catarina, único Estado que detém, hoje, o reconhecimento como área livre de aftosa sem vacinação.
Conforme o Mapa, o Paraná superou a pontuação exigida em 48% dos quesitos e, em 35% dos itens, atingiu o patamar necessário. Em apenas 16% dos pontos analisados, o índice ficou abaixo da meta - o que fez com que o Estado desenvolvesse um plano de ação, que está em fase de finalização. (Foto: Manoel Marcio Chaves/Seab)