Sindicato Rural apoia greve e Areac pede redução de impostos
"Estamos indignados e somos solidários às paralisações dos caminhoneiros", disse o presidente Paulo Roberto Orso ao justificar o apoio do Sindicato Rural de Cascavel ao protesto dos caminhoneiros. De acordo com ele, a atual política de reajustes de preços da Petrobras onera em vez de estimular o setor produtivo.
A greve dos caminhoneiros, que bloqueiam o trânsito em diversos trechos de rodovias do País, chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira. Agricultores aderiram à causa e alguns levaram tratores ao Trevo Cataratas, em Cascavel.
Com a falta de transporte, o desabastecimento de combustível e de produtos começa a acontecer, inclusive obrigando grandes cooperativas, como a Lar e a Frimesa, a suspenderem os abates a partir de hoje.
A Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e diversos sindicatos rurais de outras regiões do Paraná também se posicionaram favoráveis aos caminhoneiros e contrários ao aumento abusivo nos preços dos combustíveis.
"Os produtos da agropecuária são os que mais demandam o uso de combustível, especialmente do óleo diesel, utilizado nas máquinas e equipamentos para plantio e colheita e, principalmente, para seu transporte com destino ao mercado", alega a Faep.
IMPOSTOS
Já a Areac (Associação Regional dos Engenheiros e Arquitetos de Cascavel) manifestou apoio aos caminhoneiros e descontentamento com os sucessivos aumentos dos combustíveis. "A luta de todos agora é pela redução desta elevada carga tributária em relação aos combustíveis", destacou o presidente Francisco Justo Júnior. A união da sociedade neste momento, segundo ele, gira em torno da redução dos tributos incidentes na gasolina, no diesel e no etanol, que respondem por até 40% dos preços praticados pelos postos.