Autoridades ou semideuses?
O Brasil vive um preocupante período de exceção, mas não de direitos e sim de deveres. Nos últimos tempos, sucessivas decisões dos tribunais superiores têm sido questionadas por respeitados juristas, que se mostram perplexos com a interpretação seletiva de leis às quais todos deveriam estar sujeitos, mas que só são aplicadas aos desprotegidos. A mais recente delas, brotada da caneta do ministro do STF Alexandre Moraes, estancou uma investigação da Receita Federal para apurar suspeitas de irregularidades fiscais contra 133 agentes públicos, dentre eles o também ministro Gilmar Mendes e a advogada Roberta Rangel, esposa do presidente da Corte, Dias Toffoli. Ao justificar a decisão, Moraes alegou "graves indícios de ilegalidade no direcionamento das apurações em andamento", como se autoridades fossem divindades e, por isso, devessem ser imunes às regras impostas aos mortais. Se é para ser assim, então que se subtraia o Art. 5º de nossa Constituição Cidadã, que diz que "todos são iguais perante a lei".
Farra nas nuvens
Ainda sobre o STF: o TCU (Tribunal de Contas da União) acaba de recomendar à Suprema Corte que acabe de vez com a farra das passagens, que entre 2009 e 2012 bancou 48 bilhetes para viagens internacionais de esposas de ministros a um custo de R$ 630 mil. O processo foi iniciado ainda em 2013, mas chegou ao fim somente nesta semana, logo após a divulgação de pesquisa indicando que sete de cada dez brasileiros tiveram que fazer cortes no orçamento por causa da crise.
Pacificação
A paz voltou a reinar no vizinho Paraguai depois que o Brasil concordou em cancelar o acordo que encarecia a energia de Itaipu consumida pela população daquele país. A oposição desistiu do impeachment do presidente Mario Abdo Benítez depois que ele calçou as sandálias da humildade e fez publicamente um pedido de desculpas.
Nas alturas
Ratinho Junior e Jair Bolsonaro estão bem cotados junto à população do Paraná. Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas que ouviu 2.114 paranaenses de 74 municípios apurou uma aprovação de 70,4% para a gestão do governador e de 61,9% para a gestão do presidente da República.
Raposões
A PM do Paraná é uma corporação exemplar, mas também tem o que se pode definir como raposas no galinheiro. Prova disso é que dois policiais foram presos em flagrante no início da noite de ontem por contrabando de essência de narguile. E para piorar as coisas, a muamba foi transportada até uma chácara entre os municípios de São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu em uma viatura oficial.
Céu de brigadeiro
A Gol Linhas Aéreas confirmou para a próxima segunda-feira, às 10h30, o voo inaugural entre Cascavel e Guarulhos (SP) com o uso de um Boeing para 138 passageiros. Haverá até coquetel comemorativo para um seleto grupo de convidados no aeroporto. A propósito, a companhia fará dois voos diários nesse trajeto.
* Pílulas
* Uma sessão na próxima segunda-feira, às 9 horas, marcará o fim do recesso na Câmara de Vereadores de Cascavel. * A pauta já está pronta e, claro, conta com a proposição de mais duas homenagens, ambas póstumas. * Desta feita os vereadores vão apreciar projetos dando os nomes do ex-deputado Tiago de Amorim Novaes e do ex-prefeito Octacílio Mion a dois bens públicos da cidade. * Tiago foi morto a tiros dentro de um carro oficial da Assembleia Legislativa em dezembro de 2001, no centro de Cascavel, e o suposto mandante do crime, o ex-policial João Adão Sampaio Schisller, foi assassinado em março de 2014, no Paraguai. * Já o Mion faleceu em novembro de 2015, às vésperas de completar 90 anos de idade. * Ele foi prefeito da cidade por duas vezes: de 1960 a 1964 e de 1969 a 1973. * Também na sessão de segunda será votado um projeto alterando a lei de 2010 que regulamentou a realização de concursos promovidos pelos órgãos públicos municipais de Cascavel. * E outro autorizando os cascavelenses a obterem medicamentos fornecidos gratuitamente na rede municipal de saúde mesmo prescritos por médico particular. * A segunda-feira também será marcada pelo fim do recesso na Assembleia Legislativa do Paraná, com uma sessão cuja pauta conta com quatro projetos. * O mais curioso deles institui a obrigatoriedade de reserva mínima de 5% de vagas de trabalho para mulheres na construção de obras do Governo do Estado.