Ferrovia de Paranaguá a Dourados tem custo estimado em R$ 10 bilhões
A Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral promoveu nesta terça-feira uma reunião entre o G7, grupo formado pelas principais instituições do setor produtivo do Paraná, e representantes dos consórcios responsáveis pelos estudos da nova ferrovia proposta pelo Governo do Estado, que ligará o Porto de Paranaguá a Dourados, no Mato Grosso do Sul.
A reunião foi para acompanhamento dos estudos de engenharia para implantação da nova ferrovia e marcou os 60 dias desde a divulgação dos nomes dos quatro consórcios nacionais e internacionais responsáveis pela elaboração dos projetos.
"O objetivo do encontro é aproximar o setor produtivo dos consórcios, para que sejam fornecidos subsídios para os estudos", informou o secretário Juraci Barbosa Sobrinho. Reuniões como essa também se propõem ao alinhamento e ao acompanhamento do trabalho iniciado há dois meses pelos consórcios.
O G7 é formado pelas federações das Indústrias (Fiep), da Agricultura (Faep), Comércio (Fecomércio), Transporte de Cargas (Fetranspar), das Associações Comerciais e Empresariais (Faciap), pela Federação e Organização das Cooperativas do Paraná (Fecoopar), Associação Comercial do Paraná (ACP).
COMPETITIVIDADE
"Temos grande interesse nesta discussão, que auxiliará muito os estudos preliminares da nova ferrovia. Nossa expectativa é de que a ferrovia aumentará muito a competitividade do Estado", comentou o diretor da Fecomércio-PR, Rodrigo Rosalem, que representou na reunião o coordenador do G7 e presidente da instituição, Darci Piana. "Esta é uma excelente iniciativa do governo estadual ao propor soluções para o gargalo do transporte", reforçou.
AGILIZAÇÃO
A nova ferrovia reduzirá custos logísticos e agilizará o transporte da lavoura até o porto. Atualmente, apenas 20% da mercadoria que chega ao Porto de Paranaguá é transportada por via-férrea. Os nomes dos consórcios que farão os estudos de engenharia para implantação da linha foram divulgados em fevereiro: HaB, constituído pelas empresas Bureau da Engenharia ECT Ltda, Hendal e Advice Concultoria e Serviços; SSSE, formado pela empresa espanhola Sener Ingeneria e pelas nacionais Sener Setepla e Engefoto; Egis-Esteio-Copel, do qual fazem parte a empresa francesa Egis Engenharia e Consultoria Ltda e as nacionais Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A e Copel, e o consórcio formado por Sistemas de Transportes Sustentáveis - STS, Pullin e Campano Consultores Associados e Navarro Prado Advogados, pela consultoria Millennia Systems, dos Estados Unidos, e pela EnVia Technologies International.
CRONOGRAMA
Na primeira fase, as empresas autorizadas vão elaborar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ferrovia. A partir da conclusão destes trabalhos, com prazo estimado em 270 dias, o governo abrirá processo licitatório para construção e concessão da linha.
A obra está dividida em dois trechos. O primeiro terá 400 quilômetros e ligará o Litoral do Paraná a Guarapuava. O segundo, com aproximadamente 600 quilômetros, irá de Guarapuava até Dourados (MS), passando por Guaíra, e conta com a implantação de 350 quilômetros de linha nova, além da reabilitação do trecho pertencente à Ferroeste.
O valor aproximado do estudo é de R$ 25 milhões e o custo estimado de construção da ferrovia é de R$ 10 bilhões. (Foto: SEPL)