Os sucessivos aumentos nos preços dos combustí­veis pioram ainda mais o quadro de dificuldades que o Brasil enfrenta há mais de dois anos. Os preços altos, que inviabilizam atividades profissionais como a dos caminhoneiros, trazem enormes consequências às empresas, aos consumidores e à  economia, que lentamente tenta se recuperar de um período de grave crise.

Por conta disso a Caciopar, que representa 46 associações comerciais do Oeste paranaense, se posicionou hoje a favor da manifestação dos caminhoneiros, que estão realizando protestos por todo o País. "Todo aumento no diesel, gasolina ou etanol impacta diretamente na economia, já que os preços são repassados às empresas e aos consumidores, estabelecendo uma cadeia viciosa que gera ainda mais problemas e insatisfações", justifica a entidade.

"Mas não basta reduzir momentaneamente os impostos para a diminuição temporária dos combustí­veis. O que se pede são ajustes nas contas do Estado, a implantação de polí­ticas de combate ao desperdício e de eficiência na gestão pública. Na austera administração do dinheiro do contribuinte e em ações efetivas de combate a superfaturamentos e à  corrupção", continua a nota da Caciopar, ressaltando que "o Brasil e os brasileiros não suportam mais o aumento de impostos e de insumos sem que o governo faça nada na contenção dos seus gastos".

Para o empresariado, "está mais do que na hora, principalmente diante de tudo o que se tem visto e o que tem acontecido no Brasil, de o poder público adotar medidas que atendam aos clamores da sociedade. Que permitam a diminuição de despesas, a eficiência e mais resultados". E mais: "Não dá mais para conviver com o descaso, com os escândalos, com a corrupção desenfreada e com a falta de investimentos e de visão na construção de um paí­s melhor, mais desenvolvido e justo para todos".

Em Cascavel, agricultores aderiram hoje ao protesto dos caminhoneiros às margens da BR-277, no Trevo Cataratas.