Visita íntima a presos é rejeitada por 74,5%
Três em cada quatro brasileiros são contra a visita íntima a presos, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas para o site R7 Planalto. Dentre 2.184 maiores de 16 anos de 26 estados e do Distrito Federal ouvidos, 74,5% disseram não ver com bons olhos esse benefício e apenas 21% reponderam ser favoráveis.
Quem puxa essa estatística são os mais velhos. Entre aqueles acima dos 60 anos, 78,6% são contrários a esse tipo de visita. Na faixa etária anterior, entre 45 e 59 anos, os números também são altos: 78,5%. Mas até os mais jovens se mostraram majoritariamente contra: 68,5% entre aqueles de 16 a 24 anos.
Muitos estudiosos defendem que a visita íntima é um dos fatores de manutenção da conexão do presidiário com o mundo exterior e funciona como incentivo efetivo para que o mesmo, passado o período de cumprimento da pena, seja reinserido no seu núcleo familiar e social. Outros tratam o instituto como regalia proporcionada ao preso, prescindível e até mesmo incompatível com o fato de o indivíduo ser um criminoso.
Oficialmente, o direito reservado aos presidiários ao encontro privado com o cônjuge ou companheiro é bastante recente no ordenamento jurídico brasileiro. Foi regulamentado inicialmente apenas para os presidiários do sexo masculino pela Lei de Execução Penal, de 1984, e mais tarde estendido também às mulheres, aos jovens infratores e aos homossexuais. (Foto: Wilson Dias/AGBR)