Aftosa: fim da vacinação gerará economia milionária
A declaração do Paraná como área livre da aftosa sem vacinação não só ampliará o mercado internacional para a agropecuária paranaense, como também gerará uma economia substancial aos produtores do Estado. Ao visitar o Show Pecuário, evento que está sendo realizado no Parque de Exposições de Cascavel, o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, estimou que isso eliminará um custo anual da ordem de R$ 30 milhões.
"O que era um sonho está se tornando realidade. As avaliações do Ministério da Agricultura sinalizam que estamos livres para avançar", ressaltou Ortigara, para alegria dos produtores participantes do evento e que entregaram a Ratinho Junior uma carta assinada por várias entidades da região Oeste ligadas ao setor em apoio ao esforço do governo estadual nesse sentido.
"É uma decisão muito mais técnica do que política, estamos construindo isso com todos os setores envolvidos para que o Paraná possa subir mais esse degrau", afirmou Ratinho Junior. "Com garantias e tecnicamente bem amparados, anunciaremos mais essa conquista", acrescentou.
MEDIDA CORAJOSA
Falando em nome do prefeito Leonaldo Paranhos, que estava cumprindo agenda oficial em Brasília, o vice-prefeito licenciado e atual presidente da Cohapar, Jorge Lange, definiu a decisão do fim da vacinação como "um ato de coragem"e estímulo ao campo, principal pilar da economia paranaense.
O último foco de aftosa no Paraná foi em 2006. De lá para cá, não houve mais circulação viral no Estado. Na última campanha de vacinação o índice de cobertura foi de 99%, considerado o melhor dos últimos anos. E a próxima e última campanha, prevista para novembro, pode até não acontecer caso antes dela o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento declare o Estado área livre de febre aftosa sem vacinação.
Depois disso, a expectativa é que a Organização Mundial de Saúde Animal chancele o novo status paranaense em maio de 2021. (Foto: José Fernando Ogura/AENPR)