Exportações de carne suína por Paranaguá crescem 58%
As exportações de carne porco pelo Porto de Paranaguá cresceram 58% na comparação entre o primeiro semestre de 2018 e o de 2019. Neste ano, foram 36,2 mil toneladas exportadas do produto, com receita gerada de US$ 76 milhões. De janeiro a junho do ano anterior saíram do terminal 23 mil toneladas com rumo a outros países, somando US$ 49 milhões em receita.
A capacidade de embarque de carnes congeladas pelo porto paranaense é um dos diferenciais para o aumento nas movimentações no Estado."Estamos preparados para responder tanto à produção do campo quanto às novas oportunidades de mercado que se abrem aos exportadores?, afirma o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
?A capacidade operacional e estrutura do terminal de contêineres, por onde são exportadas as carnes congeladas, somadas às regras operacionais, gestão e novos investimentos, são essenciais para atender a demanda crescente?, completa o diretor-presidente.
MERCADO EXTERNO
Os cinco principais destinos da carne suína que embarcou pelo Porto de Paranaguá são Hong Kong (13,3 mil toneladas), China (10,8 mil), Cingapura (6,9 mil), Vietnã (1,4 mil) e Albânia (1 mil toneladas).
O produto exportado pelo terminal paranaense é principalmente do próprio Paraná e dos Estados de Santa Catarina, Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
De acordo com o analista do Deral (Departamento de Economia Rural) Edmar Gervásio, o principal fator que impulsiona o aumento nas exportações de carne suína são as questões sanitárias internacionais.
Ele explica que a demanda pela carne suína do Brasil cresceu como um todo e o Paraná acompanha esse crescimento, principalmente pelas questões sanitárias que envolveram a China.
Segundo ele, só no Paraná são mais de 100 mil propriedades que criam porcos. Dessas, apenas 30 mil são produtores comerciais do produto. Os suinocultores paranaenses destinam a produção, via mar, principalmente para Hong Kong. Já pelo transporte terrestre, os maiores compradores são os vizinhos Argentina, Uruguai e Chile. (Foto: Claudio Neves/Appa)