"Eu disse ao longo da campanha passada que nós iríamos apresentar uma proposta aos servidores em cima de quatro anos, para a gente não ter que ficar parando todo ano para fazer algum tipo de concessão que acaba muitas vezes prejudicando alunos, estudantes", afirmou o governador Ratinho Junior ao anunciar em coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (3), o plano de correção salarial para o funcionalismo público estadual do Paraná.

A proposta prevê um reajuste de 5,09%, mas de forma parcelada: 0,5% em outubro próximo, 1,5% em março de 2020, 1,5% em janeiro de 2021 (desde que a receita corrente líquida de 2020 cresça no mínimo 6,5% em relação a 2019) e 1,5% em janeiro de 2022 (desde que a receita corrente líquida de 2021 cresça no mínimo 7% em relação a 2020).

"A gente espera que isso possa amenizar as demandas dos servidores. Esse é um compromisso do Governo do Estado. Agradeço aqueles que não entraram em greve em respeito à população", acrescentou o governador, após revelar que o plano apresentado terá um impacto acumulado de R$ 2,1 bilhões nas finanças do Estado.

Ratinho Junior também confirmou o reajuste do auxílio-alimentação, vale transporte e salário mínimo regional, a instalação de oito polos de perícia médica para o interior do Estado e a manutenção dos programas de progressões e promoções, anuênios e quinquênios.

Mas a proposta impõe algumas condições para que seja dado esse reajuste aos servidores. Uma delas é o fim da licença prêmio de agora em diante - as licenças já adquiridas serão preservadas, por isso o Estado vai criar um programa para indenizar ou assegurar o benefício a quem já tem o direito adquirido.

CONCURSOS

Outra demanda dos servidores era a contratação de mais pessoal. Diante disso, Ratinho Junior confirmou a realização de concursos para seleção de 2.560 policiais militares, 400 policiais civis (50 delegados, 50 papiloscopistas e 300 investigadores), 96 peritos e médicos para a polícia científica, 1.269 agentes de cadeia, 400 profissionais para a Secretaria da Saúde, 80 profissionais para a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) e 988 professores para a Secretaria de Educação. 

Também estão previstos concursos para contratação de servidores para o Quadro Próprio do Poder Executivo, que inclui profissionais para a administração direta, para o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) e Teatro Guaíra. Isso tudo vai gerar um acréscimo na folha de  R$ 200 milhões por ano. 

De acordo com a Secretaria da Administração e Previdência, o Estado tem atualmente 134.347 servidores efetivos, 32.059 servidores temporários e 2.241 comissionados, que não têm vínculo com o Estado. (Foto: Geraldo Bubniak/AENPR)