Preço do suíno sobe até 40% em apenas 60 dias
Depois de anos a fio driblando as dificuldades para sobreviver, os produtores de suínos estão vivendo um período de vacas gordas nunca visto antes. Com a explosão da demanda por exportação diante do surto de peste suína africana na China, os preços no mercado interno dispararam, com alta de até 40% ao longo dos últimos 60 dias.
E um balanço do site Suinocultura Industrial junto às associações regionais de produtores mostra que a tendência é os preços continuarem melhorando, para deleite dos suinocultores.
O quilo do animal vivo em Minas Gerais e Goiás chegou a R$ 5,90 nesta semana, conforme dados da Asemg (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), com valorização de nada menos que 40% em relação a 24 de abril, quando estava em R$ 4,20.
O segundo maior preço dentre os estados consultados é o de São Paulo, onde o quilo abriu a semana sendo comercializado a R$ 5,71, contra R$ 4,53 de dois meses atrás. Houve valorização de 26% nesse período, segundo a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos).
Nesta semana o valor do quilo do suíno vivo ultrapassou os R$ 5 também nos três principais estados produtores. A maior elevação foi em Santa Catarina, onde o preço atingiu R$ 5,09, com alta de 4,73% sobre a semana anterior segundo dados da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos).
No Paraná, o valor chegou a R$ 5,08, com alta de 3,67% sobre os R$ 4,90 da semana passada, segundo informações da APS (Associação Paranaense de Suinocultores). Já no Rio Grande do Sul, foi a R$ 5,02, com valorização de 3,08% sobre os R$ 4,87 da semana anterior segundo a Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul).
Mato Grosso é o único dos estados pesquisados onde o quilo do suíno vivo ainda permanece em patamar inferior a R$ 5. O preço chegou a R$ 4,25 na semana passada, depois de fechar abril em R$ 3,65 segundo a Acrismar (Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso). (Foto: Assessoria Embrapa)