Supremo decide manter ex-presidente Lula preso
Ainda não foi desta vez que a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu fazer vingar a estratégia de libertá-lo da prisão. Mesmo com o apoio dos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, a tese não passou no crivo da 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (25).
Recolocado de última hora na pauta por sugestão de Gilmar Mendes, o julgamento invadiu a noite e foi duplamente desfavorável ao líder petista. Primeiro, o habeas corpus da defesa para soltar o ex-presidente e relatado pelo ministro paranaense Edson Fachin foi rejeitado por 4 a 1 - o único voto favorável ao líder petista foi de Lewandowski.
Depois, os ministros votaram proposta de Gilmar Mendes para que Lula fosse libertado provisoriamente até que o STF terminasse de analisar o habeas corpus baseado na suposta parcialidade do ex-juiz federal e atual ministro Sergio Moro no julgamento do caso do triplex do Guarujá. No entanto, essa sugestão foi rejeitada por 3 a 2 - e uma vez mais o voto de Lewandowski foi a favor de Lula.
FRUSTRAÇÃO
Em Curitiba, o clima foi de frustração dentro e fora da Superintendência da Polícia Federal. Além de Lula, a decisão do STF não correspondeu à expectativa de militantes petistas que se concentraram já durante a tarde em frente ao local onde o ex-presidente está preso desde 7 de abril do ano passado. (Foto: Arquivo AGBR)