Saúde, um poço sem fundo
É comum ouvir da população que a saúde está no fundo do poço, bem como que é um poço de queixas. E não por mero acaso, pois desde sempre ela é uma espécie de calcanhar de Aquiles do poder público que, por mais que se esforce, não consegue atingir o nível desejado de atendimento da demanda. Mas é imperativo resssaltar que a saúde também é um poço sem fundo, pois não há dinheiro que chegue. E que isso é fruto também de dois fatores que não podem ser ignorados: a maldita corrupçao, presente em maior grau justamente onde o investimento público é mais rubusto, e a conduta reprovável de maus cidadãos que não se incomodam em levantar de madrugada para enfrentar a fila de um posto de saúde em busca de um atestado que lhes garanta alguns dias de folga remunerada. E Cascavel - onde, justiça seja feita, não se tem notícia de uso indevido de recursos - não poderia ser exceção nesse cenário de constantes reclamações, em que pese o fato de o Município ter bancado com recursos próprios nada menos que 27,54% do investimento feito em saúde ao longo do primeiro trimestre desde ano, praticamente duas vezes mais que os 15% fixados pela Constituição Federal.
Demanda...
Ainda sobre Cascavel, o chororô sobre a sáude continua mesmo com esse incremento substancial de investimento por conta de um fator adicional preocupante: o fato de nos quatro primeiros meses deste ano o número de consultas nas UPAs ter chegado a 99 mil, 68,5% mais que o registrado em igual período do ano passado.
...dispara
Segundo o secretário Thiago Stefanello, essa explosão da demanda ocorreu por causa do alto índice de casos de dengue e gripe - que hoje teve a quinta morte confirmada na cidade -, um surto de diarreia supostamente causado pelo consumo de água contaminada e, por fim, da grande migração de pessoas dos planos privados para a saúde pública por conta da crise econômica.
Novo apagão
Na metade da tarde desta quarta-feira (19) era possível ver muita gente"lagarteando"ao sol em pleno horário de expediente. O motivo foi mais uma queda de energia, que acabou afetando também os serviços de telefonia e internet. Que comece logo o investimento de quase meio bilhão no sistema de distribuição de energia do Oeste paranaense anunciado pela Copel em maio último, pois a população da região está farta dos apagões.
Mãos à obra
Os delegados Alan Flore e Guilherme Dias, da Divisão de Combate à Corrupção, serão os primeiros a serem ouvidos pela CPI criada para investigar os contratos do Governo do Paraná com a MJK para manutenção e gestão da frota de veículos oficiais do Estado. Eles estarão na Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (25), quando a comissão começará a trabalhar efetivamente.
Dano milionário
Segundo apurou a Polícia Civil, a JMK chegava a superfaturar os serviços em absurdos 2.450% em cumplicidade com oficinas conveniadas, o que teria resultado em um prejuízo ao erário estadual da ordem de R$ 125 milhões. Desde que confirmadas essas informações, é coisa para levar muita gente para o xilindró.
* Pílulas
* Com o voto destoante do vereador Josué de Souza, a Comissão de Justiça e Redação da Câmara emitiu parecer contrário ao projeto do Executivo que regulamenta o transporte por aplicativo em Cascavel. * Os demais membros da referida comissão consideraram que, do jeito que está, o projeto inviabiliza a livre concorrência e a própria operação do sistema. * O vereador Olavo Santos está cobrando da administração municipal informações complementares sobre a proposta de extinção da Cettrans. * Ele quer saber principalmente quanto irá custar aos cofres públicos a rescisão dos contratos trabalhistas vigentes na companhia. * A Prefeitura de Curitiba parece estar passando ao largo da crise que afeta os municípios paranaenses. * Uma demonstração disso é que foi feito nesta quarta-feira o depósito da primeira parcela do 13º dos servidores, que injetou R$ 120,8 milhões na economia da capital. * Para frustração de seus opositores, Sérgio Moro se saiu muito bem no depoimento prestado hoje na CCJ do Senado. * O ministro disse o que só os mal intencionados em relação a ele não querem entender: que o diálogo entre Judiciário e Ministério Público é algo absolutamente normal no modelo vigente no País.