O alto preço do despreparo
O primeiro balanço da Comissão Especial instituída pela atual direção da Câmara de Cascavel para revisão de toda a legislação municipal veio corroborar a tese de que a falta de preparo de muitos legisladores (em todos os níveis, diga-se de passagem) traz mais malefícios do que benefícios para a população. De um total de 712 leis produzidas nas décadas de 1950/60, constatou-se que nada menos que 527 (ou 74% do total) devem ser revogadas, pois se tornaram inócuas em curto espaço de tempo. Dentre elas estão uma que autoriza o Poder Executivo a adquirir um aparelho telefônico para emprestá-lo à delegacia e outra que declara de utilidade pública o serviço de alto-falantes da antiga Estação Rodoviária. Alguém pode sustentar que isso é coisa do passado, mas não é. Embora em menor número, leis parecidas são produzidas também hoje em dia, quase todas com vistas a fazer um agrado a pessoas ou segmentos com vistas a uma retribuição futura em votos. O problema é que isso tem um custo, que é bancado com o dinheiro do contribuinte.
Trabalho meticuloso
A comissão encarregada de fazer esse pente-fino nas leis cascavelenses é composta pelos vereadores Mauro Seibert, Fernando Hallberg, Sidnei Mazutti, Pedro Sampaio e Policial Madril. Mas quem fez essa detalhada pesquisa, justiça seja feita, é um grupo liderado pelo diretor legislativo Mario Galavoti e integrado pelos também servidores Wellington Pimentel da Cruz, Samuel Martins Nascimento, Ivanilsa Moreira Rocha, Bárbara Matter, Regina Krauss e Edianara Tomacheski.
Teste de popularidade
Os vereadores terão na semana que vem uma boa oportunidade para saber até que ponto vai o interesse dos cascavelenses pelo trabalho que desenvolvem. É que as sessões de segunda (24) e terça (25) serão realizadas no período noturno (às 19h30), o que não acontece há muito tempo, com o objetivo de permitir maior participação da população.
Transparência
A realização de duas sessões noturnas a cada período legislativo é uma ideia da atual mesa executiva e se destina a facilitar ainda mais o acesso da população ao que acontece na Câmara."Sabemos que trabalhadores e estudantes têm muita dificuldade em abandonar seus compromissos para assistir às sessões e, mesmo com todas as ferramentas que temos hoje de transmissão pelas redes sociais e transparência pelos meios oficiais, é dever do poder público criar estratégias e ferramentas para que a população efetivamente fiscalize e acompanhe o mandato do seu representante?, destaca o presidente Alécio Espínola.
Mãos à obra
O empresário Abel Sgarioni garante que operários de sua empresa darão início logo cedo, nesta terça-feira, às obras de revitalização do Complexo Esportivo Região Norte de Cascavel. A ordem de serviço foi assinada ainda no fim da semana passada pelo prefeito Leonaldo Paranhos e o prazo para conclusão é de seis meses. O dinheiro a ser investido (R$ 1.475,187,20) é oriundo de uma emenda parlamentar do deputado federal Hermes Frangão Parcianello.
Verdade ou exagero?
Os lagos municipais de Cascavel e Toledo, principais cartões-postais das duas cidades, figuram entre os espaços com"potencial de desastres"conforme relatório feito pelo Instituto das Águas do Paraná com base em auditoria realizadas em 11 barragens do Estado. Difícil é acreditar nessa história, em que pese o fato de cautela e caldo de galinha não fazerem mal a ninguém.
* Pílulas
* Ao contrário do que estava previsto, a Câmara de Cascavel não definiu hoje sobre as mudanças propostas no modelo de concessão dos quiosques do Calçadão e da Rua Paraná. * A votação da matéria foi adiada por três sessões em atendimento a um pedido do vereador Paulo Porto aprovado por 11 votos a 9. * Inspirado no governador Ratinho Junior, o prefeito Rafael Greca está reduzindo em um terço (de 15 para 10) o número de secretarias municipais de Curitiba. * Proposta de sua autoria foi aprovada em primeira discussão na sessão desta segunda-feira da Câmara e deve resultar em uma economia de R$ 5,7 milhões até o fim do ano que vem. * As versões são variadas, mas o fato é que a saída de Joaquim Levy da presidência do BNDES está diretamente relacionada a um caso de insubordinação dele com quem assinou a sua nomeação. * O presidente Jair Bolsonaro perdeu a paciência após aguardar meses em vão pela abertura da caixa-preta do banco, que foi um compromisso assumido ainda na campanha.