Osmar Dias começou sua agenda deste sábado em Cascavel dando longa entrevista ao vivo à Rádio Colméia. Na cidade para prestigiar o encontro regional do PPL, que acontece no início da tarde, na Univel, ele respondeu com clareza a todos os questionamentos feitos pelo jornalista Jairo Eduardo Fabrício Lemos (Pitoco) e deixou clara a esperança de, finalmente, virar governador do Paraná.

"O que estou fazendo andando por todo o Estado? Teria outras coisas interessantes a fazer. Não estou de brincadeira. Sou candidato sim", respondeu ele ao ser perguntado sobre os boatos dando conta que poderia compor com Ratinho Júnior e concorrer ao Senado para facilitar a formação de um grande palanque no Estado em prol da candidatura do irmão Alvaro Dias à Presidência da República.

Sobre a busca de apoios a seu nome, Osmar disse que gostaria de contar com o apoio do PMDB, "que é um partido bem estruturado, mas não posso falar em aliança enquanto o Requião é pré-candidato". E reforçou: "Se não tiver apoios, eu vou sozinho. Não vou fazer barganhas por espaço no horário eleitoral. E quem quiser me apoiar que me apoie, mas saiba que não haverá barganha de cargos".

Jogando sempre no ataque, o pré-candidato do PDT não poupou críticas à era Beto Richa no governo, mas evitou ataques pessoais ao ex-governador. "Tinha muito respeito pelo governador José Richa, com quem trabalhei. Em relação ao Beto, deixo para que a população julgue, principalmente depois do noticiário das páginas policiais dos últimos dias", alfinetou, numa referência a denúncias como a da Operação Quadro Negro e a dando conta que o esquema desvendado pela Lava Jato ajudou a financiar a campanha do ex-governador.

Osmar também procurou deixar clara a sua diferença para os dois outros pré-candidatos (Ratinho Júnior e Cida Borghetti) que polarizam as pesquisas com ele. "Você tem aí dois nomes que são a continuidade do atual governo. Eu sou a mudança", disse, acrescentando que "o Paraná precisa de um governador que entenda daquilo que é importante para o Paraná, que é a agricultura".

MEGA SENA

Esta é a terceira vez que Osmar Dias tenta conquistar o Governo do Paraná. Em 2006 quase chegou lá, perdendo para Roberto Requião por apenas 10.479 votos de diferença no segundo turno. "Separei esses números e jogo sempre na Mesa Sena, mas nunca ganhei, enquanto tem gente que acertou 12, 13 vezes", afirmou, em clara alusão ao deputado federal Fernando Giacobo. E se perder mais uma vez, deu a entender que abandonará a política. "Tenho duas cadeiras pra sentar a partir de 1º de janeiro do ano que vem: ou estarei sentado na cadeira de governador, ou na cadeira da varanda da minha casa em Rancho Alegre do Oeste", declarou. (Foto: Rádio Colméia)