Discrepância suprema
As divergências são absolutamente normais e salutares, pois têm o condão de ampliar um debate a ponto de torná-lo bem mais esclarecedor. Quando discrepantes, no entanto, denotam desconhecimento dos contendores sobre o assunto em discussão, quando não interesses escusos e, por vezes, inconfessáveis. Ainda mais quando ocorrem em relação a algo expresso em determinada lei e envolvem personagens com o dever de conhecê-la de fio a pavio. Pois veja a seguir o que disseram dois ministros do STF sobre o episódio envolvendo diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores do Ministério Público Federal, obtidas de forma claramente criminosa e inseridas no bojo da maior ofensiva já deflagrada para sepultar a Lava Jato. "O fato é muito grave. Aguardemos os desdobramentos", declarou Gilmar Mendes; "A corrupção existiu e precisa continuar a ser enfrentada, como vinha sendo. De modo que tenho dificuldade em entender a euforia que tomou os corruptos e seus parceiros", rebateu Luiz Roberto Barroso.
Apoio a moro
"É coisa mais normal do mundo conversas entre juízes e procuradores da República e o que o senhor está sofrendo é manobra orquestrada por pessoas que procuram desestabilizar o governo e a nação. Conte conosco", disse Oriovisto Guimarães falando diretamente para Sérgio Moro em nome dos três senadores paranaenses e dos nove integrantes da bancada de seu partido no Senado.
Pressão ineficaz
É costumeiro dizer que muitos políticos só resolvem determinados problemas na pressão. Mas não será assim com Ratinho Junior no caso do reajuste do funcionalismo público paranaense, que, segundo o deputado cascavelense Professor Lemos, já ensaia uma nova paralisação para o próximo dia 25. É que o Governo do Paraná, conforme relatório do insuspeito Banco Mundial, não poderá majorar salários enquanto a arrecadação não reagir.
Escolas seguras
Ademar Traiano tem pressa em ver transformado em lei projeto de sua autoria prevendo a instalação de detectores de metais para prevenir ataques armados contra as escolas da rede estadual paranaense."O projeto tramita em comissões e aguardo a aprovação para submetê-lo ao voto no plenário com a maior rapidez?, disse ele, acrescentando acreditar que isso possa ocorrer ainda no primeiro semestre.
HU em pauta
Atendendo a um convite do presidente Alécio Espínola, o diretor geral Edison Leismann esteve na Câmara para apresentar um panorama atualizado da infraestrutura e dos atendimentos prestados pelo HU de Cascavel. Desenhou um quadro lindo e maravilhoso, mas não tocou no essencial: o custo operacional do hospital da Unioeste para que se pudesse fazer um comparativo com o custo dos hospitais privados. Ou será que o HU não tem as mesmas mazelas encontradas pelo Tribunal de Contas na reitoria da Unioeste?
* Pílulas
* Há pelo menos um setor da economia paranaense que está passando ao largo da crise econômica brasileira: o cooperativista."Entendemos que este ano está sendo melhor que 2018?, revelou o presidente da Copacol, Valter Pitol, durante encontro organizado pela Ocepar com os deputados federais do Estado. * Já foi aprovado em redação final o projeto que dá o nome do ex-deputado Caíto Quintana à Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu. * Trata-se de uma justa homenagem póstuma a um líder que muito contribuiu para o desenvolvimento sobretudo do Sudoeste paranaense, mas também do Oeste. * Também já está no aguardo apenas da sanção para virar lei o projeto que proíbe definitivamente a exploração de gás de xisto pelo método de fratura hidráulica no Paraná e tem entre seus autores o deputado cascavelense Marcio Pacheco. * Mais conhecido como fracking, esse método é extremamente prejudicial ao meio ambiente.