PR deve eliminar a soja no campo por dois meses
Começa a vigorar nesta segunda-feira (10) no Paraná o vazio sanitário da soja, uma das principais estratégias para o manejo do fungo causador da ferrugem-asiática. E a partir de sábado próximo (15) a medida se estenderá para outros cinco estados brasileiros: Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.
O vazio sanitário é o período de, no mínimo, 60 dias em que não se pode semear ou manter plantas vivas de soja no campo para reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi durante a entressafra e, assim, atrasar a ocorrência da doença na próxima safra
O Consórcio Antiferrugem, por meio de um mapa interativo em sua página na internet, irá registrar também na entressafra a identificação de ocorrências de soja guaxa com a doença. Esses focos serão marcados em amarelo, enquanto os registros de ferrugem-asiática, que ocorrerem durante a safra comercial, serão destacados em vermelho.
Apesar de não existir soja imune à doença, há opções de cultivares com genes de resistência que reduzem o seu desenvolvimento. Essas cultivares não dispensam o uso de fungicidas, mas auxiliam no manejo da doença, porque o fungo se multiplica menos e a pressão da ferrugem-asiática é menor.
CUSTO ELEVADO
O controle da ferrugem-asiática da soja apresenta um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra. Além da eliminação de plantas de soja voluntárias durante o vazio sanitário, as estratégias de manejo da incluem a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada, a utilização de cultivares com genes de resistência, o monitoramento da lavoura desde o início do desenvolvimento da cultura e a utilização de fungicidas no aparecimento dos sintomas na região afetada. (Foto: Arquivo Mapa)