PR realiza nesta semana último fórum sobre aftosa
A Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento) encerra nesta quarta-feira (29), em Curitiba, o ciclo de fóruns regionais"Paraná livre de febre aftosa sem vacinação?, organizado para esclarecer quais mudanças ocorrerão após a suspensão da vacina no Estado. Cinco fóruns foram realizados nos últimos dias em pontos estratégicos do Estado, o último deles em Cascavel.
Os fórum já realizados reuniram um público foi de 4,3 mil pessoas, entre produtores, entidades e lideranças do setor agropecuário, técnicos, estudantes e representantes do poder público."Levamos aos municípios uma oportunidade de esclarecer os benefícios da suspensão da vacinação no Paraná e tirar as dúvidas sobre os procedimentos que serão adotados", disse o secretário Norberto Ortigara.
Segundo ele, os produtores são fundamentais nesse processo e precisam estar informados sobre as práticas necessárias em sua propriedade."O Paraná tem condições técnicas para garantir a defesa agropecuária e possibilitar, com a suspensão da vacinação, a entrada do Estado nos melhores mercados de proteínas animais", afirmou.
"Tivemos participação efetiva da iniciativa privada, e o público recebeu bem as informações, tanto no que diz respeito à escolha do Paraná pela antecipação da retirada da vacina quanto aos reflexos econômicos que a mudança trará ao estado", comemorou Otamir Cesar Martins, presidente da Adapar, parceira nessa iniciativa.
A última campanha de vacinação contra a aftosa no Paraná termina na próxima sexta-feira (31) e abrange bovinos e búfalos de até 24 meses de idade. Em setembro, o Ministério da Agricultura publicará um ato normativo que mudará o status do Estado para Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação para que a Organização Mundial de Saúde Animal reconhecerá a condição do Paraná em 2021.
MERCADOS
E não só o mercado de carne bovina será beneficiado pelo novo status. Um estudo divulgado em março pelos técnicos Marta Oliveira Freitas (Adapar) e Fábio Peixoto Mezzadri (Deral/Seab) mostra que o novo status pode dobrar as exportações de carne suína no Paraná, chegando a 200 mil toneladas ao ano.
O cenário é previsto se o Estado conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por China, Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária, e representam 64% do comércio mundial de carne suína. As cadeias produtivas de carne bovina, aves e leite também serão beneficiadas com o acesso a mercados que remuneram melhor. (Foto: Manoel Marcio Chaves/Seab)