Richa quer ser julgado pela Justiça Eleitoral
Os advogados do ex-governador Beto Richa pediram que o processo que investiga o seu cliente na Operação Rádio Patrulha seja julgado pela Justiça Eleitoral do Paraná. Desde que a operação foi deflagrada, a ação está sob a responsabilidade da Justiça Estadual do Paraná. As informações são do G1 Paraná.
A defesa argumentou que o suposto produto do crime, de acordo o delator Tony Garcia, foi destinado ao caixa dois da campanha eleitoral e que, por isso, não seria competência da Justiça Estadual julgar o caso.
O pedido dos advogados foi apresentado ainda na quinta-feira (16) como um complemento do processo na defesa prévia de Richa no processo da Rádio Patrulha.
A operação apura o pagamento de propina a agentes públicos e lavagem de dinheiro em um esquema de fraude em licitações no programa do governo estadual Patrulha do Campo, para recuperação de estradas rurais, entre 2012 e 2014.
Segundo o MP-PR (Ministério Público do Paraná), Beto, o irmão Pepe Richa, o empresário Joel Malucelli e outras sete pessoas são acusados de crimes como corrupção e fraude à licitação num esquema que envolve mais de R$ 100 milhões pagos a empresas investigadas.
O ex-governador chegou a ser preso no dia 11 de setembro de 2018 por esse caso, mas foi solto quatro dias depois após habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).