Exatas três horas e meia após o vencimento do prazo dado pela Justiça, o ex-ministro José Dirceu se entregou às 21h30 desta sexta-feira (17), em Curitiba, para cumprir a pena de 8 anos e 10 meses por sua segunda condenação dentro da Operação Lava Jato. Ele foi diretamente para a Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense, onde, ao menos por alguns dias, irá vizinhar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O atraso foi justificado pelo fato de José Dirceu ter preferido vir de Brasília de carro e não de avião. Sua defesa, que no fim da tarde se viu frustrada com a rejeição de um último recurso contra a prisão, ainda pode recorrer ao TRF-4 (Tribunal Federal da 4ª Região), STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou ao STF (Supremo Tribunal Federal).

No caso atual, Dirceu foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em 2017 em um processo que investigou recebimento de propina em um contrato com a empresa Apolo Tubulars para o fornecimento de tubos para a Petrobras, entre 2009 e 2012. Mas já havia ficado preso de agosto de 2015 a maio de 2017 e, posteriormente, parte do primeiro semestre de 2018 em cumprimento a uma primeira condenação.