Zé Dirceu deve voltar à prisão, decide o TRF-4
Em julgamento nesta quinta-feira (16), a 4ª Seção do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negou por unanimidade recurso de José Dirceu, que pedia prescrição da pena de 8 anos e 10 meses na segunda condenação dele na Lava Jato. Imediatamente após a decisão, foi solicitado"imediato ofício para início do cumprimento da pena ao juízo de primeiro grau?, em Curitiba, ou seja, que o ex-ministro seja preso novamente.
Os desembargadores não viram fundamento no pedido da defesa de Zé Dirceu, acusado de receber de propina em contrato superfaturado da Petrobras com a empresa Apolo Tubulares, fornecedora de tubos para a estatal entre 2009 e 2012.
Segundo a denúncia, parte dos valores, que chegaram a R$ 7.147.425,70, foram repassados a Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e ao grupo político que o sustentava, dirigido por Zé Dirceu.
Para disfarçar o caminho do dinheiro, Dirceu e outro réu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, teriam usado a empresa Credencial para receber valor de cerca de R$ 700 mil, tendo o restante sido usado em despesas com o uso de aeronaves em mais de 100 voos feitos pelo ex-ministro. Apenas o ex-ministro teria recebido aproximadamente R$ 2,1 milhões.
Zé Dirceu chegou a ser preso em maio de 2018, após esgotados os recursos no TRF-4 sobre sua primeira condenação. No fim de junho, porém, a Segunda Turma do STF decidiu mantê-lo solto até que os recursos dele sejam julgados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). (Foto: Arquivo Veja)