Cooperativas paranaenses já geram 100 mil empregos
A edição 169 da Revista Paraná Cooperativo destaca a marca histórica do setor em geração de empregos. Em 2018, as cooperativas do Estado ampliaram em 8,8% o número de contratações, alcançando a marca de 100 mil empregos diretos. Dados da Ocepar, coletados junto às 215 cooperativas do Sistema, mostram que, em dez anos, o número de funcionários do setor quase dobrou, com 49.390 pessoas contratadas no período.
A maioria das oportunidades ocorre em municípios do interior, em todas as regiões do Paraná (96% dos empregos gerados) e em estados vizinhos, principalmente Mato Grosso do Sul e Santa Catarina."As cooperativas paranaenses demonstram seu firme compromisso com o desenvolvimento sustentável do Brasil. São 100 mil pessoas contratadas diretamente pelo setor, além de centenas de milhares de empregos indiretos gerados como desdobramentos dos investimentos das cooperativas, no campo e nas cidades. Milhares de famílias estão economicamente ligadas ao cooperativismo?, afirma o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.
?Anualmente, o setor investe cerca de R$ 2 bilhões, direcionados em sua maioria para projetos de agroindústria, logística e armazenagem, além de estruturas de atendimento e modernização tecnológica?, completa.
FUTURO PROMISSOR
E o horizonte do sistema cooperativo é ainda mais promissor. A comitiva chefiada pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Agropecuária e Abastecimento) que cumpre agenda oficial na China relata ter recebido sinais concretos de incremento imediato das importações de proteína animal do Brasil por conta do surto de peste suína africana.
Em 2018 o Brasil exportou 919 mil toneladas de carnes bovina, suína e de frango para aquele país asiático, que precisará de pelo menos cinco anos para se recuperar dessa crise sanitária, que já representou a perda um terço de seu rebanho.
?As cooperativas brasileiras têm feito muito bem seu dever de casa e, com todos esses fatores, é possível afirmar que elas têm condições de aproveitar o momento para ampliar sua participação no mercado asiático?, avaliou Vicente Nogueira, representante do setor na comitiva. Ainda segundo ele, isso poderá ter impactos extremamente positivos para o agronegócio brasileiro em geral, inclusive para a cadeia de soja e derivados. (Foto: Assessoria Abra)