Quando a irresponsabilidade mata
O Dnit acaba de liberar o tráfego de veículos nos primeiros 20 km da duplicação do trecho Toledo-Marechal Cândido Rondon da BR-163. Trata-se de uma notícia para ser comemorada, sem dúvida, na medida em que há décadas o Oeste do Paraná revindicava essa melhoria. Mas também para ser lamentada pela falta de responsabilidade que tem marcado essa obra, como tantas outras executadas em rodovias Brasil afora. Acontece que os trabalhos tiveram início em novembro de 2015, ou seja, há três anos e meio, e ainda irão demorar um bocado na medida em que a distância total entre as duas cidades é de 42 km. Em um País que leva a infraestrutura rodoviária a sério, uma décima parte desse tempo teria suficiente para executar um projeto de tal porte. Se isso tivesse ocorrido nesse caso específico, muitas vidas teriam sido poupadas, dentre elas das cinco pessoas de uma mesma família de Santa Catarina que morreram em um único acidente em junho do ano passado. Vale lembrar que uma novela parecida envolve a duplicação de outro trecho de aproximadamente 70 km da mesma rodovia, entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques, embora neste as obras tenham sido iniciadas um pouco mais tarde, em março de 2016.
Transparência
Por motivos como esse é bem-vinda a proposta do deputado estadual Luiz Fernando Guerra obrigando as empresas contratadas pelo Governo do Paraná a informarem publicamente caso alguma obra seja paralisada ou interrompida por mais de 90 dias. Em análise na CCJ da Assembleia, o projeto ganhou força depois do relatório do Tribunal de Contas informando que, em todo o Estado, há 137 obras com custo superior a R$ 1,5 milhão cada que estão paradas.
Sinalização
O projeto de Guerra estipula que uma placa informando a paralisação deve ser afixada em local acessível e de fácil visualização pela empresa contratada ou pelo órgão contratante. Prevê ainda que, caso a obra precise continuar parada, deverá ser enviado aos deputados e ao Tribunal de Contas um relatório completo informando a situação e as razões da manutenção da paralisação.
Seguro
Em Cascavel, a Câmara aprovou por unanimidade nesta segunda-feira (13) projeto do vereador Carlinhos Oliveira tornando obrigatória a exigência de contratação de seguro por parte de qualquer empresa que vier a vencer licitação para execução de obra pública municipal. A proposta, segundo o autor, surgiu da constatação de que muitas obras são abandonadas ou construídas fora dos padrões exigidos, causando graves prejuízos aos cofres públicos e à população.
Canudos
Na mesma sessão, e também por unanimidade, os vereadores cascavelenses aprovaram projeto acabando com o uso de canudos plásticos em bares, restaurantes e estabelecimentos afins da cidade. A proposta é subscrita por Fernando Hallberg, Serginho Ribeiro, Rafael Brugnerotto, Josué de Souza, Mauro Seibert, Misael Junior, Celso Dal Molin, Nadir Lovera, Jorge Bocasanta, Rômulo Quintino e Policial Madril.
* Pílulas
* O PDT do Paraná deve se pronunciar amanhã sobre a constituição de uma comissão provisória para comandar o partido em Cascavel, tendo à frente o deputado estadual Marcio Pacheco. * E diante dessa decisão, aumentam as chances do ex-prefeito Edgar Bueno aceitar o convite de Ricardo Barros e mudar de mala e cuia para o PP. * Após quase dez anos, Marta Matkievicz deixa o comando da Ciretran de Foz do Iguaçu, que também atende Santa Terezinha de Itaipu. * Para substituí-la, a direção do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) já nomeou Alexandre Freire. * Míseros 9,9% dos brasileiros se consideram devidamente cientes do conteúdo da reforma da Previdência conforme levantamento divulgado hoje pela Paraná Pesquisas. * Outros 75% se dizem parcialmente inteirados e 15,7% admitem não ter qualquer conhecimento. * O número de mortes violentas caiu 24% no primeiro trimestre deste ano no Brasil e 32% no Paraná. * Isso significa que o País todo teve algo próximo de 3,5 mil assassinatos a menos que no primeiro trimestre do ano passado. * A juíza Caroline Figueiredo autorizou nesta segunda-feira a transferência do ex-presidente Michel Temer da sede da Polícia Federal para a sede do Estado Maior da Polícia Federal de São Paulo, o que já foi feito.