Lava Jato corre perigo
Ninguém melhor que o agora ministro Sérgio Moro, pessoa com notório saber jurídico e conduta comprovadamente proba, para atestar a importância de se manter o Coaf na estrutura do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Qualquer ser pensante bem intencionado sabe que esse órgão, detentor do mais fiel raio-X das grandes movimentações financeiras no País, é fundamental para a implementação de uma cruzada ainda maior contra a corrupção e o crime organizado que vêm dilapidando as finanças públicas brasileiras. Não foi assim que entendeu a maioria dos membros da comissão da Câmara Federal encarregada de deliberar sobre a reforma administrativa proposta pelo Governo Jair Bolsonaro. Afastar o Coaf da batuta de Moro foi uma ideia infeliz para todos quantos sonham com um Brasil norteado pela ética e pelo estrito respeito às leis, e feliz apenas para aqueles que vivem pesadelos diários pelo avanço da Lava Jato, que será grandemente prejudicada caso isso se confirme. Essa decisão ainda pode ser derrubada pelo plenário da própria Câmara ou do Senado, mas as chances disso acontecer são diminutas em um Congresso com maioria detentora de folha corrida (não de currículo) e interesse pessoal em fragilizar a maior operação contra a corrupção de que se tem notícia na história brasileira e mundial.
Decreto polêmico
A tese de que Jair Bolsonaro está caindo no encanto de governar por decreto não é defendida apenas no Congresso. A ministra do STF Rosa Weber deu prazo de cinco dias para que o presidente dê explicações ao Supremo sobre o decreto que facilitou o porte de armas de fogo para 19 categorias, entre elas caçadores, atiradores esportivos, colecionadores, políticos e caminhoneiros.
Sanepar reage
A Sanepar se manifestou totalmente contra a MP que altera o Marco Legal do Saneamento, já aprovada pela Comissão Mista do Congresso e prestes a ser apreciada em plenário. Uma das razões é a proibição aos municípios de celebrarem contratos com estatais do setor. A tomar por base o contrato draconiano firmado lá atrás pela Sanepar com Cascavel, parece bom que a ideia seja levada adiante.
Responsa dividida
?O combate à corrupção é responsabilidade de todos nós, ou seja, de quem está no poder público e da sociedade como um todo?, disse Leonaldo Paranhos ao participar, nesta sexta-feira de manhã, de uma mesa-redonda sobre o tema."A corrupção tem de ser combatida em todos os setores, uma vez que está presente no Executivo, no Legislativo, no Judiciário, nas grandes empresas, e também no dia a dia, no trânsito, nos pequenos detalhes como no ato de furar uma fila para se ter o benefício de ser atendido primeiro?, acrescentou o prefeito. Como contestá-lo?
Participante ilustre
Uma das iniciativas marcantes dos primeiros 100 dias de Alécio Espínola na presidência da Câmara, essa mesa-redonda contou com um convidado especialíssimo: o promotor público paulista Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção e que muito enriqueceu o debate."A corrupção tira a esperança das pessoas e nós podemos fazer a diferença0 enfrentando esse desafio?, comentou Espínola.
Grana de volta
Quem pretende desistir da inscrição no concurso do Hospital Universitário e receber o dinheiro de volta deverá fazê-lo entre o próximo dia 14 e 9 de junho. E talvez o melhor seja mesmo fazer isso, pois a Secretaria de Estado da Saúde já deixou claro não ter recursos para bancar mais de 600 novas contratações.
* Pílulas
* O vereador Sidnei Mazutti diz ter percorrido Cascavel inteira tal qual um pirilampo e encontrado um total de 250 lâmpadas. * Por conta disso, encaminhou ofício com pedido de providências ao secretário municipal de Obras, Adelino Ribeiro. * Durante sua estada em Foz do Iguaçu para lançar a pedra fundamental da segunda ponte, hoje, Jair Bolsonaro sancionou mudança na lei que eleva de 4,8% para 8% a fatia dos royalties de Itaipu que cabe a Guaíra. * Com isso, o montante de recursos que este Município recebe mensalmente saltará de R$ 15 milhões para R$ 25 milhões anuais. * Aos poucos vão ficando claras as causas pelas quais o presidente Jair Bolsonaro se afastou da família Francischini. * Primeiro o deputado Felipe Francischini foi acusado de pedir um emprego para a mãe na Itaipu para aprovar a reforma da Previdência, e agora se descobriu que ele usou dinheiro da Alep do Paraná para pagar uma conta salgada em uma conhecida boate de Curitiba em 2017. * O Paraná tem o quarto melhor aeroporto do mundo. Mas calma: não é o de Cascavel, e sim o de Curitiba. * Esse dado consta do ranking dos dez melhores aeroportos do mundo divulgado pela AirHelp Score, entre os quais também está um segundo brasileiro: o de Viracopos, em Campinas.