Segunda ponte em Foz não vai encarecer a conta da luz
Os presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez se reencontram às 13 horas desta sexta-feira (10), em Foz do Iguaçu, para o lançamento da pedra fundamental da segunda ponte entre Brasil e Paraguai. A obra será administrada pelo Governo do Paraná e ligará Foz do Iguaçu a Presidente Franco e será bancada pela Itaipu Binacional a um custo de R$ R$ 456.138.389,24, mas sem afetar a tarifa de energia elétrica.
Ao longo dos três anos previstos para durar a obra, os recursos necessários serão remanejados de convênios e patrocínios sem aderência à missão da empresa. Esse remanejamento teve início logo após a posse do diretor-geral brasileiro Joaquim Silva e Luna, que adotou na empresa uma gestão de redução de custos e otimização dos recursos para permitir que a usina continue apoiando projetos importantes para o desenvolvimento socioeconômico da região.
ESTRATÉGICA
A segunda ponte é fundamental para toda a região de fronteira e vai beneficiar diretamente Foz do Iguaçu e as cidades paraguaias de Presidente Franco e Cidade do Leste. Hoje, a única ligação entre o Paraguai e o Brasil é a Ponte da Amizade, entre Foz e Cidade do Leste, que vive congestionada devido ao intenso tráfego de veículos, mercadorias e pessoas.
A nova ponte será utilizada para o tráfego de caminhões e será conectada à Aduana da Argentina. No lado brasileiro, haverá uma ligação direta da ponte com a BR-277, sem que os veículos pesados precisem utilizar como rota o centro de Foz do Iguaçu, como acontece hoje.
A par dos benefícios locais, no entanto, a ponte integrará, além do Brasil e do Paraguai, outros países da região, especialmente Argentina, Chile e Bolívia, que terão acesso direto aos mercados brasileiros, enquanto o Brasil terá, além deste acesso aos mercados da região, também ao Oceano Pacífico, para exportação de grãos à China, especialmente, o que reduzirá o custo dos fretes.
A melhor integração regional possibilitará o aumento da circulação de bens e riquezas, contribuindo fortemente para alavancar as economias desses países. Para se concretizar esse processo, será preciso ainda melhorar as rotas de transporte no Paraguai e na Argentina, para acesso mais rápido - e de menor custo - aos outros países. O Paraguai já iniciou algumas obras viárias importantes, nesse sentido.