Ferroeste dribla crise e eleva faturamento em 40%
A Ferroeste não sentiu a crise que afeta a economia e fechou o primeiro quadrimestre de 2019 com um recorde no faturamento: R$ 12,4 milhões - o melhor resultado da história. A receita representa aumento de 40% no faturamento quando comparado com os primeiros quatro meses do ano anterior.
Só em abril, comparado com o mesmo mês do ano anterior, o aumento no faturamento foi de 70%. E a meta deste ano é ainda mais ambiciosa, fechar 2019 com um faturamento bruto de R$ 24 milhões. A cifra representa uma perspectiva de crescimento de 25% em relação ao seu melhor ano, que foi 2018.
MALHA FERROVIÁRIA
Durante o primeiro quadrimestre deste ano foram transportadas 430 mil toneladas úteis."Este expressivo resultado da Ferroeste, o melhor da história, mostra que estamos no caminho correto ao utilizar a potencialidade da malha ferroviária do Paraná?, avalia o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex."Vamos mostrar que é possível fazer a Ferroeste sustentável e superavitária, reduzindo os custos logísticos, deixando o preço do frete mais competitivo atendendo assim mais pessoas e gerando emprego no Estado?, acrescenta.
O diretor-presidente da Ferroeste, André Luís Gonçalves, destaca o alinhamento da companhia com as políticas implantadas pela Secretaria."Esta importante sintonia da Ferroeste com a Seil, além do apoio e confiança do secretário Sandro Alex em nosso trabalho, tem motivado nossos ferroviários a melhorar ainda mais a gestão da Companhia na busca de melhores resultados promovendo segurança e motivação para trabalhar?, disse.
Para o diretor de Operações da Ferroeste, Gerson Almeida, a safra é um dos motivos do bom resultado financeiro, assim como o transporte de contêineres até o Porto de Paranaguá para exportação.
Outro ponto a destacar é o bom relacionamento com a Empresa Rumo, que opera o trecho Guarapuava/Paranaguá, no tráfego mútuo. Essa parceria é de suma importância para o desenvolvimento das duas ferrovias e do crescimento das cooperativas na região Oeste, afirma Almeida explicando que"o tráfego mútuo é a parceria com a Rumo em que nós fazemos uso de parte da malha ferroviária deles e eles da nossa".
CARGAS ALTERNATIVAS
Para o período de entressafra, em que naturalmente o movimento reduz, Almeida aposta no transporte de cargas alternativas pelo fluxo interno - ou seja, pelos 250 quilômetros da ferrovia entre Cascavel e Guarapuava. Dentre essas cargas estão fertilizantes, cimento, contêiner e madeira."Nos próximos dias iremos até Brasília para avaliar um projeto de adaptações em vagões graneleiros, já encostados, para transformá-los em Sider (vagão aberto) que podem ser usados no transporte de cimento e produtos ensacados?, diz o diretor de Operações da Ferroeste."A médio prazo, nossa intenção é adquirir mais três locomotivas para atender a safra de 2020". (Foto: Jaelson Lucas/AENPR)