Adesão à vacina da gripe segue baixa em Cascavel
Nem a confirmação de que a morte de uma garotinha de 3 anos foi causada pelo vírus H1N1 foi suficiente para conscientizar os cascavelenses sobre a necessidade de se imunizarem contra a gripe.
Balanço do Programa Municipal de Imunização relativo à 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza divulgado na tarde desta sexta-feira (26) revela que apenas 21.845 pessoas já estão imunizadas na cidade, o que representa inexpressivos 22,89% da meta total, que é de 95.471 pessoas que integram os grupos prioritários.
Nos cinco dias da segunda fase da campanha, o número de doses aplicadas para o público prioritário a que esta etapa se destina se aproxima do número de doses aplicadas para crianças, gestantes e puérperas, cujo grupo começou a ser vacinado ainda no dia 8 de abril (primeira etapa).
Até as 11h30 desta sexta-feira (26) tinham sido vacinadas 10.782 pessoas do segundo grupo prioritário, sendo 8.321 idosos, 1.824 trabalhadores da saúde e 637 professores, para uma meta de 68.569 pessoas. As demais 12.467 doses correspondem ao grupo da primeira etapa, que continua sendo imunizado, e até agora corresponde a 46% da meta de 26.902 pessoas.
"Isso demonstra que o movimento internacional antivacinas continua interferindo na decisão dos pais ou responsáveis", lamenta a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Cristina Carnaval, acrescentando que "é dever do adulto responsável garantir a vacina, que é direito da criança, que não pode decidir por ela mesma".
No próximo sábado (dia 4 de maio), será realizado o Dia D de mobilização em todo o Brasil. Nessa data, todas as unidades de saúde ficarão abertas das 8 horas às 17 horas para a vacinação, sem intervalo para o almoço.
QUEM PODE
Neste momento, a convocação para tomar a vacina se destina a crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, pessoas com 60 anos ou mais de idade, trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, detentos e funcionários do sistema prisional. (Foto: Secom)