Desde o último sábado alvo de uma investigação da Polícia Federal por determinação do juiz Sérgio Moro, o ex-governador Beto Richa garantiu hoje encarar esse e outros imbróglios com absoluta tranquilidade.

"Não varri nada para debaixo do tapete", garantiu ele quando questionado sobre o interrogatório do dono da construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, que afirmou ter dado dinheiro desviado da Educação para sua campanha de 2014.

Sabatinado por repórteres do jornal Gazeta do Povo, Richa disse que todos os suspeitos de envolvimento nesse caso foram demitidos por ele e hoje "estão com bens indisponíveis para ressarcimento integral aos cofres públicos".

Mais à frente o ex-governador foi ainda mais incisivo em relação a Lopes de Souza. "Eu não recebi nenhum centavo desse criminoso. Não sou ladrão como ele é. E não aceitaria jamais", desabafou, afirmando ter sido traído e estar "extremamente decepcionado" com antigos auxiliares implicados nesse caso.

CASO ROLDO

Sobre o episódio relacionado ao ex-secretário estadual Deonilson Roldo, Beto Richa classificou a conversa deste com um empreiteiro interessado no projeto de duplicação da PR-323 como reprovável. E assegurou não ter havido qualquer direcionamento em troca de recursos para sua campanha. "Fiz um governo ético com absoluto zelo nos recursos", concluiu.