Câmara de Cascavel repudia aumento da água e do esgoto
Uma moção de repúdio à Agepar (Agência Reguladora do Paraná) foi aprovada nesta terça-feira (23) pela Câmara de Cascavel. A iniciativa, liderada pelo vereador Romulo Quintino, tem por objetivo manifestar a insatisfação dos cascavelenses com o reajuste de 12,13% nas tarifas de água esgoto da Sanepar, já referendada pela referência agência.
"Não é aceitável e nem justificável esse aumento na atual conjuntura financeira por que passa a maioria das pessoas. Há muitas famílias que não têm condições de arcar com os custos de impostos e taxas cobrados pelos entes públicos e aí vem a Agepar e, de forma inexplicável, coloca goela abaixo um aumento na conta dos moradores. É um verdadeiro abuso o que foi feito", justificou Quintino.
"Como representantes do povo cascavelense, não podemos aceitar que tais abusos sejam aplicados, por isso nosso repúdio a esse aumento, que penaliza a população e beneficia apenas os cofres da Sanepar", finalizou o vereador, que já denunciou ao Ministério Público a quebra unilateral do contrato com o Município feita pela estatal ao reduzir a tarifa mínima de 10 m3 para 5 m3 sem qualquer compensação aos consumidores.
EXPLICAÇÕES
Também nesta terça-feira, o presidente da Sanepar, Claudio Stabile, e o presidente em exercício da Agepar, João Vicente, ambos de Cascavel, estiveram na Assembleia Legislativa para esclarecer aos deputados sobre o reajuste das tarifas de água e esgoto.
Segundo Stabile, o índice é composto pela inflação dos custos do setor de saneamento, mais a terceira parcela do diferimento aprovado na revisão tarifária de 2017, atualizada pela taxa Selic.
Aí ele fez um breve histórico do período que vai de 2006 a 2010, quando a tarifa ficou congelada, e os subsequentes ajustes até 2016, além de abordar a reavaliação dos ativos da companhia, ocorrida em 2017, quando ficou decidido que a diferença de mais de 26% seria diluída em parcelas ao longo de oito anos. (Foto: Assessoria)