MERCADO AGROPECUÁRIO 19/04/2019
Soja estável nos EUA e em alta no Brasil
O mercado da soja registrou uma semana um pouco mais intensa nos últimos dias na Bolsa de Chicago - marcando perdas de até 10 pontos em alguns dias. Mas os futuros da oleaginosa finalizaram a última sessão da semana antes do feriado prolongado subindo entre 1,25 e 1,75 ponto nos principais contratos. Assim, o maio ficou em US$ 8,80 e o agosto, com US$ 9,00 por bushel.
Na sexta-feira (19), feriado, a bolsa norte-americana não operou e o mercado já promoveu leves ajustes antes do fim de semana mais longo, principalmente neste momento de mercado climático nos EUA. Os traders continuam cautelosos frente à falta de grandes notícias e com as adversidades do clima tendo impactos ainda limitados sobre os preços...
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Semana de calmaria para o milho
A semana encerrou com os preços internacionais do milho futuro pouco movimentados e apresentando resultados misturados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram flutuações entre 0,5 negativo e 0,25 positivo.
O vencimento maio/19 foi cotado à US$ 3,58, o julho/19 valeu US$ 3,67 e o setembro foi negociado por US$ 3,75. Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho fecharam em fração a quinta-feira em algumas compras técnicas leves antes do fim de semana de três dias.
Ainda na quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou que os EUA venderam 947,6 mil toneladas de milho, enquanto o mercado esperava algo entre 500 mil e 950 mil toneladas, elevando o acumulado para 44.690,9 milhões de toneladas. Na temporada anterior, esse volume era de pouco mais de 49 milhões...
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Melhora a competitividade da carne suína
Dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os valores da carcaça especial suína têm se mantido estáveis na comparação entre março e esta parcial de abril (até o dia 17), devido à oferta e à demanda equilibradas, de acordo com pesquisadores do Cepea.
Nesse cenário e com os preços do frango resfriado em forte alta, a competitividade da proteína suína frente à de frango tem aumentado. No atacado da Grande São Paulo, de março para abril, a carcaça especial suína se valorizou 0,8%, negociada, em média, a R$ 6,40/kg na parcial deste mês. Quanto ao preço do frango resfriado, no mesmo comparativo, subiu 4%, a R$ 4,66/kg neste mês. Diante disso, a diferença entre os preços da carcaça especial suína e do frango resfriado passou de 1,87 Real/kg para 1,74 Real/kg.
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Consumo pressiona o boi gordo
A maior parte das praças pecuárias se manteve com preços estáveis no fechamento de hoje. Porém, nas regiões onde a indústria encontra dificuldade em preencher as escalas de abate e reabastecer os estoques para o final do mês, os preços subiram frente ao último levantamento. Em Belo Horizonte-MG, a valorização foi de 0,7%, o que representa R$1,00/@ a mais na comparação diária, e as escalas de abate giram em torno de três dias.
Por outro lado, o consumo calmo da segunda quinzena do mês abriu espaço para queda dos preços nas regiões onde a oferta de boiadas tem sido suficiente para suprir a demanda vigente. Em São Paulo, por exemplo, a semana termina com uma queda de 0,6% no preço da arroba do boi gordo, na comparação dia a dia. No acumulado da semana o recuo foi de 0,9%. A margem de comercialização das indústrias que fazem a desossa está em 17,8%, aumento de 1,3 ponto percentual frente ao último fechamento.
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