A Câmara de Cascavel mal cassou o mandato de Damasceno Junior e já está às voltas com mais um fato grave a manchar sua imagem, desta feita protagonizado por alguém que estava nomeado no gabinete do vereador Misael Junior.

O referido assessor parlamentar é um dos dois cascavelenses flagrados pela Polícia Federal e pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, ontem, quando tentavam embarcar rumo a Guarulhos (SP) com 7,5 quilos de rubis.

A carga de pedras preciosas foi avaliada em US$ 3,6 milhões (o equivalente a mais de R$ 14 milhões), mas tinha uma nota fiscal no valor de apenas R$ 81 mil e, segundo apurou a PF, seria enviada para Portugal.

Além de contrabando, os dois deverão responder a processo com base na Lei n° 8176/91, que diz que constitui crime de usurpação produzir bens ou explorar matéria prima pertencentes à União sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo.

O Alerta Paraná tentou reiteradas vezes ouvir Misael Junior sobre o caso na manhã desta quarta-feira (17), para saber por que seu assessor estava em Foz do Iguaçu quando deveria estar trabalhando na Câmara de Cascavel, mas o celular dele estava programado para não receber chamadas.

EXONERAÇÃO

Horas mais tarde, Misael Junior emitiu nota revelando que o assessor em questão é Marcus Cesar Pereira da Silva e que estava liberado por ele desde segunda-feira, "quando  alegou assuntos particulares para justificar um pedido de exoneração das funções". O vereador informou, ainda, que "não tem conhecimento sobre atividades pessoais de seus assessores, alheias às atribuições funcionais do mandato". (Foto: PF)