Paraná planeja pedagiar mais mil km de rodovias
Boa parte do balanço dos primeiros cem dias de administração feita por Ratinho Junior foi dedicada à situação da infraestrutura do Estado. O governador disse que o Paraná está negociando com a União a ideia de contemplar, no pacote do pedágio, mais mil km de rodovias formados pelas PRs 092 (Norte Pioneiro), 323 (Noroeste), 280 (Sudoeste) e 445 (Norte), além da ligação entre Guarapuava (Centro-Sul) e Campo Mourão (Centro-Oeste).
Segundo o secretário Sandro Alex, a ideia é assegurar que as obras nessas rodovias sejam executadas logo no primeiro ano da concessão e que as tarifas sejam bem mais baixas que as cobradas atualmente.
Trechos ou estradas em situação mais crítica, que não poderão esperar até 2021, data dos novos contratos de concessão, serão incluídos no banco de projetos de infraestrutura que o Governo do Estado deve anunciar nos próximos dias. R$ 300 milhões serão aplicados na elaboração de projetos executivos para obras de mobilidade, melhorias em rodovias e ampliação do modal ferroviário.
Na apresentação, não faltou menção ao trabalho de prospecção de novos negócios. Segundo Ratinho Junior, estão em negociação R$ 16 bilhões em investimentos no Estado. "Teremos boas novas nos próximos dias", anunciou, sem dar detalhes.
ECONOMIA
Segundo Ratinho Junior, o Governo do Paraná economizou R$ 80,3 milhões em gastos com pessoal e com a renegociação ou cancelamento de contratos desde 1º de janeiro. E a expectativa é de que esse valor chegue aos R$ 260 milhões até o fim do ano se até lá forem implementadas todas as medidas previstas na reforma administrativa.
"Nosso foco nunca foi apenas economizar, mas aumentar a eficiência do governo", disse Ratinho Junior. "E pela velocidade que estamos trabalhando já dá para ver que está dando certo", destacou.
A primeira parte da reforma do Estado está em tramitação na Assembleia Legislativa e reduz o número de secretarias de 28 para 15, além de extinguir 339 cargos comissionados e funções gratificadas, resultando em uma economia de R$ 10,6 milhões anuais aos cofres públicos. As outras duas etapas tratarão da junção de autarquias e da redução da estrutura física do Estado. Só assim, segundo o governador, será possível retomar em 2020 o reajuste salarial ao funcionalismo público estadual.
SEM REAJUSTE
Provocado pela imprensa, Ratinho Junior praticamente descartou reajustar ainda neste ano os salários do funcionalismo público estadual, cuja defasagem acumulada chega a 16%. "É muito difícil ter. Nós já estamos no imite prudencial. Isso já vem de 2018, do governo passado, a Secretaria do Tesouro Nacional também já emitiu um alerta ao Estado do Paraná. Se passarmos do limite a gente perde os repasses do governo federal e a possibilidade de fazer empréstimos", afirmou. "Eu posso querer fazer uma média política com os servidores, mas no ano que vem não teria dinheiro para a folha. A ideia é a gente construir ao longo dos três anos um reajuste para os servidores", completou. (Foto: Geraldo Bubniak/AENPR)