Partidos vão ao STF e ao TSE para ampliar seu tempo na TV
Beneficiados pelas duas últimas janelas de transferência partidária, o Podemos e o PP se uniram em uma ofensiva jurídica para que a distribuição do tempo de TV às legendas no horário eleitoral gratuito na campanha eleitoral não tenha como critério o tamanho das bancadas eleitas em 2014, como prevê a regra atual.
Segundo informa o Estadão, a estratégia ocorre em duas frentes: uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada no STF (Supremo Tribunal Federal) e uma consulta formal ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que obriga a Corte a se manifestar sobre tema.
Se a regra for modificada em uma das instâncias, haverá uma mudança significativa na correlação de forças dos partidos no horário eleitoral gratuito. Se o critério fosse a bancada atual, o Podemos saltaria de 5 segundos para 17 segundos em cada bloco no horário fixo. Já o número de inserções por semana cresceria de 7 para 29 ao longo na programação da TV aberta.
O PP iria, no horário fixo, de 50 segundos para 68 segundos. O número de inserções por semana iria de 65 para 89. O PSL, do presidenciável Jair Bolsonaro, também ganharia força. Pela regra atual, a sigla tem apenas 1 segundo em cada bloco do horário fixo e direito a 2 inserções ao longo da programação semanal.
Esse dado não leva em consideração eventuais coligações e também o tempo que é distribuído igualitariamente entre todos os candidatos. Pela bancada atual, o PSL iria para 11 segundos no horário fixo e 14 inserções por semana. O DEM saltaria de 28 segundos para 57 segundos no horário fixo. Nas inserções, iria para 74 comerciais semanais.