A polêmica gerada em torno da constatação de Celso Dal Molin de que o aniversário de Cascavel estaria sendo comemorado na data errada, bem como que o Município tem celebrado há tempos um ano a mais do que efetivamente tem, poderá levar a um chamamento para que a população decida o que fazer.

A possibilidade de convocação de um plebiscito sobre o tema foi aventada na sessão desta segunda-feira (1º) da Câmara, durante o debate que levou ao adiamento por cinco sessões da votação das mudanças propostas pelo vereador. Vale lembrar, no entanto, que esta é a sexta vez que se tenta alterar a data comemorativa.

Mudança na lei aprovada pela própria Câmara há oito anos para atender a uma demanda do empresariado, que se julgava prejudicado pela comemoração em 14 de dezembro por conta das vendas de Natal, antecipou a data de aniversário para 14 de novembro.

Além disso, pesquisa feita por Dal Molin junto às publicações oficiais da Prefeitura indicam que em 2010 se comemorou 58 anos e em 2011 se saltou para 60 anos, passando em branco o aniversário de número 59.

Essas duas polêmicas se originaram da Lei 790, de 14 de novembro de 1951, sancionada pelo então governador Bento Munhoz. O texto criou vários novos municípios no Paraná e deu prazo de três meses para que cada um fosse efetivamente instalado. Cascavel, no entanto, permaneceu como distrito de Foz do Iguaçu até 14 de dezembro de 1952.

Os documentos levantados por Dal Molin mostram ainda que a composição da Câmara de Cascavel para a primeira legislatura ocorreu somente em 1953. (Foto: Arquivo)