Como diz o ditado, para morrer basta estar vivo!
O professor de filosofia Larry Laudan, da Universidade do Havaí, reuniu no Livro dos Riscos dados estatísticos sobre as chances de morte que tem o cidadão comum. A conclusão é que não há nada que se possa fazer (ou deixar de fazer) sem colocar a integridade física em perigo. Prova disso é que um a cada 2 milhões de cidadãos morre, acredite, ao cair da cama.
Esse dado, associado ao provérbio que diz que "para morrer basta estar vivo", ajuda a sintetizar o ocorrido com o radialista catarinense Rafael Henzel, que se tornou mundialmente conhecido em novembro de 2016 por ter sido um dos seis sobreviventes da queda do avião da Chapecoense.
Totalmente restabelecido das sequelas da maior tragédia da história do futebol mundial, que deixou 71 mortos, Henzel estava na plenitude de sua carreira e com aparente muito boa saúde, mas morreu ontem à noite, com apenas 45 anos de idade, vítima de um infarto fulminante - o sepultamento será às 16 horas desta quarta-feira (27), em Chapecó.
No livro "Viva como se estivesse de partida", lançado após o acidente, Henzel escreveu: "Nós estamos neste mundo com um propósito. E qual seria ele? Eu acho que é fazer o bem ou tentar mostrar que se pode fazer o bem, ser gentil, alegre". Coincidentemente, ele morreu justamente no momento em que jogava uma pelada com amigos.
PESAR
"Durante a sua brilhante carreira, Rafael narrou, de forma excepcional, a história da Chapecoense. Tornou-se um símbolo da reconstrução do clube. Sempre haverá a lembrança do seu exemplo de superação e de tudo o que fez, com amor, pelo time, pela cidade de Chapecó e por todos os apaixonados por futebol", diz mensagem postada pela diretoria no site oficial do clube. (Foto: NSC Total)