Delator da Lava Jato lavava dinheiro do tráfico de drogas
Dentre os oito presos hoje cedo pela Polícia Federal na operação batizada de Efeito Dominó está Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará e delator da Lava Jato. Ele atuava com o doleiro Alberto Youssef e firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, que agora poderá ser rescindindo.
Preso preventivamente em João Pessoa, na Paraíba, como delator da Lava Jato ele havia denunciado políticos importantes como Fernando Collor de Mello, Aécio Neves, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.
Outros dois operadores financeiros presos hoje agem no esquema apurado pela Operação Efeito Dominó. Um deles é Edmundo Gurgel Junior, que foi investigado pela PF no caso Banestado, na Operação Farol da Colina, segundo a Polícia Federal. O outro doleiro preso é José Maria Gomes.
De acordo com a PF, a investigação apontou uma "complexa e organizada estrutura" destinada à lavagem de recursos provenientes do tráfico internacional de drogas.
NA POLÍTICA
O delegado responsável pela Operação Dominó, Roberto Biasoli, disse que haver indícios concretos de que o dinheiro oriundo do narcotráfico tenha sido entregue a políticos e agentes públicos corruptos investigados pela Lava Jato.