Triste fim: Beto Richa é preso pela terceira vez
Prefeito de Curitiba, deputado estadual duas vezes e governador do Paraná outras duas, Beto Richa era visto como o primeiro paranaense com chances reais de chegar à Presidência da República. E tudo parecia se encaminhar para isso até início de setembro do ano passado, quando sua primeira prisão, motivada por suposto desvio de recursos do programa Patrulha do Campo, interrompeu uma campanha ao Senado em que despontava como franco favorito.
Solto na mesma semana, mas derrotado nas urnas, Richa voltaria para a prisão em janeiro deste ano, dentro da 58ª fase da Operação Lava Jato, acusado de receber dinheiro das concessionárias de pedágio em troca da não execução de obras previstas nos contratos de privatização do Anel de Integração.
Depois de mais uma semana atrás das grades, o ex-governador voltou a ser solto e até conseguiu um salvo-conduto do ministro do STF Gilmar Mendes, mas nesta terça-feira (19) foi surpreendido novamente e preso pela terceira vez, agora pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e como consequência de suposta tentativa de influenciar testemunhas da Operação Quadro Negro, que apontou um desvio de aproximadamente R$ 20 milhões da Secretaria de Estado da Educação. Com ele, também foram presos o ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores, Ezequias Moreira, e o empresário Jorge Atherino, apontado pelo Ministério Público como operador financeiro do esquema.
Na última sexta-feira (15) Richa havia conseguido um salvo-conduto de Gilmar Mendes para impedir que ele e familiares voltassem a ser presos, mas de nada isso adiantou porque a medida se refere unicamente ao caso investigado pela Lava Jato. (Foto: Arquivo)